São Paulo – O pico de despesas da Vale com seus programa de descaracterização de barragens vai ocorrer em 2024 e 2025, quando os desembolsos serão de US$ 500 milhões em cada ano, informou a mineradora nesta sexta-feira, 25, em apresentação publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O total previsto no fluxo de desembolsos do programa é de US$ 4,1 bilhões para eliminação das estruturas, incluindo também R$ 300 milhões de 2021, R$ 400 milhões por ano em 2022 e 2023 e 2026 R$ 200 milhões por ano de 2027 a 2035.
De acordo com a apresentação, a mineradora espera descaracterizar cinco barragens a montante em 2022, chegando ao total de 12 estruturas eliminadas desde 2019 – sendo quatro em Minas Gerais e três no Pará.
O programa de descaracterização de barragens da Vale indica que 90% serão eliminadas até 2029 e 100% até 2035, em um total de 30 estruturas.
As estruturas com maior prazo são aquelas de maior risco, mais complexas e que envolvem um volume de rejeitos maior.
A apresentação mostra ainda que a Vale reduziu o número de barragens com algum nível de emergência declarada. Em dezembro do ano passado, eram 31 estruturas nessa situação. Em março deste ano, o número foi reduzido para 29. Isso foi possível com a mudança da classificação das barragens de Forquilha IV, em Ouro Preto (MG), e Marés I, em Congonhas (MG).