São Paulo – Os países membros do G-7 disseram estarem prontos para qualquer eventualidade em relação ao fornecimento de gás da Rússia, no que o ministro alemão da Economia, Robert Habeck, afirmou ser “inaceitável” fazer o pagamento pelo gás russo em rublos.
“O pagamento em rublos é inaceitável e pedimos, por isso, às empresas que não sigam a exigência de Vladimir Putin”, disse Habeck numa coletiva de imprensa. “Todos os ministros do G7 concordaram que esta seria uma quebra unilateral dos contratos existentes”, completou.
Habeck ressaltou que os ministros das finanças do G-7 discutiram brevemente esta questão na reunião de hoje e em detalhes em uma reunião anterior na qual trocaram opiniões sobre a imposição de um embargo ao gás russo.
Na quarta-feira passada, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que os países que Moscou considera “hostis”, incluindo os 27 membros da União Europeia, terão que pagar pelo gás em rublos e pediu ao Banco Central e ao Gabinete de Ministros que determinassem em uma semana o procedimento para a realização dessas transações.
O líder russo ressaltou que seu país continuaria a cumprir estritamente seus contratos, com os volumes e preços estabelecidos.
Atualmente, a União Europeia importa 90% do gás de que precisa e a Rússia continua sendo seu maior fornecedor, com 40% dos envios. O bloco de países iniciou uma busca frenética por gás em todo o mundo durante a disputa geopolítica com Moscou sobre a crise ucraniana.
O preço do gás no mercado europeu disparou nos últimos meses, marcando as maiores altas de todos os tempos. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo de gás na União Europeia atingiu 552 bilhões de metros cúbicos em 2021.