São Paulo – A Gol divulgou na noite de ontem as projeções para o primeiro trimestre de 2022. A receita unitária de passageiros (PRASK) esperada para o primeiro trimestre é maior em aproximadamente 45%, comparada ao mesmo período do ano anterior.
A nota diz que os custos unitários com combustíveis (CASK) devem crescer 48% em comparação ao mesmo período de 2021. O impacto negativo é reflexo do aumento no preço médio do querosene de aviação (QAV) em cerca de 60%, parcialmente compensado por uma frota mais eficiente em termos de combustível, refletindo em uma queda de 3,7% no consumo de combustível por hora operada.
O custo unitário ex-combustível (CASK Ex-Fuel) deverá ter redução de 4% em comparação ao primeiro trimestre de 2021, principalmente devido à melhor produtividade (aumento de ASKs, utilização de aeronaves e eficiência operacional) e a apreciação do real frente ao dólar no período.
A demanda total por voos, medida por passageiros por quilômetros pagos transportados (RPK, na sigla em inglês), avançou cerca de 46% no primeiro trimestre. Já a oferta, por assento por quilômetro oferecido (ASK), cresceu 44%. A capacidade de assentos cresceu 49% no período.
A Gol prevê margem Ebitda de 11%, ante resultado negativo de 15,9% no primeiro trimestre de 2021. A margem Ebit deve ficar negativa em 5%. Outras receitas, que incluem carga e fidelidade, devem chegar a 7% da receita líquida total.
Segundo a companhia, as projeções para as margens Ebitda e Ebit não incluem custos de manutenção não recorrentes para transformação de frota, de aproximadamente R$ 92 milhões no primeiro trimestre, ante resultado de R$ 114 milhões um ano antes.
A alavancagem financeira, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 10,7 vezes ao fim de março. A companhia encerrou o primeiro trimestre com liquidez total de R$ 3,3 bilhões.