Porto Alegre, 25 de maio de 2022 – A Raízen, subsidiária da Cosan com atuação nos setores de produção de açúcar e etanol, distribuição de combustíveis e geração de energia,mantém metas ambiciosas para o chamado Etanol 2G apesar do ceticismo do mercado em relação ao produto. As informações são da Agência SAFRAS.
“Tem muita gente cética em relação a isso, que é um negócio que não vai entregar o que promete. É impressionante o ceticismo do mercado em relação ao etanol 2G, um negócio que já está em funcionamento há anos”, disse O CEO da Raízen, Ricardo Mussa, no evento Raízen Day 2022, destacando que a empresa já está construindo a sua segunda planta de etanol de segunda geração.
Já o vice-presidente executivo de operações de EAB (Etanol, Açúcar e Bioenergia) da Raízen, Francis Queen, destacou que a companhia tem mais três unidades já em construção. “Até 2030/31, a Raízen tem a meta de operar 20 plantas etanol de segunda geração, totalizando mais de 1,6 bilhão de litros produzidos anualmente em nossos parques de Bioenergia, utilizando biomassa e palha não aproveitados no processo do etanol de primeira geração”, disse.
Conforme o executivo, gargalos no suprimento dos equipamentos foram solucionados, permitindo acelerar a expansão das plantas. O credenciamento de novos Fornecedores elevando a capacidade construção das plantas de duas para sete por ano, enquanto que os equipamentos críticos para as próximas três plantas já foram entregues ou encomendados.
CONSUMO DE AÇÚCAR EM ALTA
A demanda global de açúcar é inelástica. Mesmo com a pandemia de Covid-19, o consumo mundial da commodity segue crescendo em torno de 1% ao ano, escala que se repetiu nos últimos dez anos, e deve se manter assim na próxima década.
Em apresentação no Raízen Day, o vice presidente de Trading da companhia, Paulo Neves, apontou que até 2030, serão necessárias mais de 20 milhões de toneladas de açúcar em escala global para atender o crescimento do consumoestimado.
Conforme o executivo destacou, o Brasil é, além de maior produtor mundial de açúcar, o que tem o menor custo, e é ainda mais relevante nas exportações do que na produção, porque grande parte da produção local é exportada. “Representamos mais da metade de todo o açúcar que roda o mundo”, salientou.
Apesar da pujança do setor brasileiro de açúcar, não houve grandes investimentos no setor nos últimos dez anos. Com isso, disse Neves, a capacidade ociosa da indústria vai se esvaindo. “Novos investimentos serão necessários para que atendamos o crescimento da demanda na próxima década. E, para suprir essa demanda, basta as usinas ampliarem o mix do açúcar? Não étão simples assim. Temos muita demanda de nossos clientes para descarbonização.
O Renovabio é um exemplo, e demandará muito etanol nos próximos anos. Assim, vai se manter essa competitividade entre o açúcar e o etanol. Não vai para alterar o mix porque o etanol terá muita demanda”, completou.
QUEBRA DE RECORDES
A safra 2021/22 da Raízen foi marcada por recordes operacionais e financeiros. A empresa encerrou a safra com forte crescimento de receita líquida que alcançou R$ 196,3 bilhões (+57%) e de EBITDA Ajustado que atingiu R$ 10,7 bilhões (+20%). O lucro líquido ajustado do ano foi de R$ 3,25 bilhões, triplicando o lucro da safra passada. A moagem desta safra foi de 76 milhões de toneladas de cana (-13%), reflexo dos efeitos do clima que prejudicaram o rendimento dos canaviais.
O CEO da Raízen, Ricardo Mussa, destacou no evento Raízen Day 2022, que está sendo realizado hoje, que a companhia bateu todos os recordes possíveis em 2021, com destaque para o faturamento, ebitda, produção de açúcar, market share, preços de etanol e número de clientes.
“2021 foi um ano impressionante para Raízen, único, para ficar na história”, salientou. Segundo o CEO da Raízen, a segurança é o mantra número um da companhia, com zero fatalidades registrada no ano passado. “A segurança está ligada diretamente a nossa performance operacional e financeira”, disse.
Reportagem: Fábio Rübenich / Agência SAFRAS
