Taxa de desocupação cai a 10,5% até abril, abaixo da previsão de 10,9%

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São Paulo, 31 de maio de 2022 – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 10,5% no trimestre móvel encerrado em abril, ficando estável ante o trimestre imediatamente anterior (11,2%), referente aos meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o melhor resultado para um mês de abril desde 2015 (8,1%).

O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +10,9%, conforme o Termômetro CMA.

Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao período de fevereiro de 2021 a abril de 2021, quando estava em 10,5%, o índice manteve-se estável, segundo o IBGE.
No fim de abril, a população desocupada somava 11,3 milhões de pessoas, caindo 5,8% em relação ao trimestre terminado em janeiro, e diminuiu 25,3% no confronto com igual trimestre de 2020.

A população ocupada totalizou 96,5 milhões, subindo 1,1% em relação ao trimestre anterior (1,1 milhão de pessoas a menos) e subindo 10,3% (9 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre fevereiro e abril, o nível de ocupação chegou a 55,8%, alta de 0,5 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e de 4,8 pontos percentuais (pp) na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 22,5%, registrando queda de 1,4 pp em relação ao trimestre entre novembro e janeiro, assim como teve retração de 7,1 pp na comparação com igual período de 2021.

Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 26,1 milhões no fim de abril, o que representa quedas de 6,0% ante o trimestre anterior e 22,5% na comparação com o mesmo período de 2021.

Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 64,9 milhões de pessoas, metendo-se estável frente ao trimestre anterior e com queda de 5,3% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi a 4,5 milhões de pessoas, caindo 6,4% em relação ao trimestre anterior, e com queda de 24,6% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada (38,7 milhões de pessoas).

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.569 entre fevereiro e abril, ficando estável ante o trimestre anterior e com queda de 7,9% ante igual período de 2021.
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em fevereiro foi estimada em R$ 242,9 bilhões, estável ante mesmo período em 2021.
Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,9 milhões de pessoas, aumentando 0,4% em relação ao trimestre móvel de novembro de 2021 a janeiro de 2022 e aumentando de 5,1% (5,2 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.

Entre os grupamentos de atividades, houve aumento significativo em Transporte, armazenagem e correio (3,1%, ou 152 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,5%, ou 251 mil pessoas) e Outros serviços (4,8%, ou 233 mil pessoas).

No confronto anual, houve aumento significativo em Indústria geral (9,4%, ou 1,1 milhão de pessoas), Construção (14,6%, ou 940 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+13,7%, ou mais 2,2 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (11,7%, ou mais 525 mil pessoas), Alojamento e alimentação (29,2%, ou mais 1,2 milhão de pessoas), Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,0%, ou mais 446 mil pessoas), Outros serviços (21,4%, ou 903mil pessoas) e Serviços domésticos 26,2%, ou mais 1,1 milhão de pessoas).