São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não irá impor novas tarifas sobre as importações de equipamentos de energia solar por dois anos para ajudar a aliviar os temores que atrasaram o crescimento do setor de energia renovável.
De acordo com a Casa Branca, Biden invocará a Lei de Produção de Defesa (DPA, na sigla em inglês) para estimular a fabricação doméstica de tecnologias críticas de energia limpa, incluindo peças de painéis solares.
“Especificamente, o presidente está autorizando o Departamento de Energia a usar o DPA para expandir rapidamente a fabricação americana de cinco tecnologias críticas de energia limpa”, informa o comunicado da Casa Branca.
As mudanças ocorrem à medida que a indústria de energia solar foi alvo de uma investigação do Departamento de Comércio em que se averigua o contorno de tarifas sobre envio de equipamentos solares chineses aos Estados Unidos por meio de empresas de quatro países do Sudeste Asiático.
Segundo o governo, esses temores atrasaram o desenvolvimento de grandes projetos que são cruciais para cumprir a meta do governo Biden de eliminar as emissões de carbono do setor elétrico até 2035.
Como solução, Biden propõe facilitar uma “ponte” de 24 meses para certas importações solares, permitindo que os desenvolvedores a utilizarem módulos solares e células dos quatro países em questão — Camboja, Malásia, Tailândia e Vietnã.
Biden também autorizará o Departamento de Energia a usar o DPA para expandir rapidamente a fabricação americana de peças de painéis solares, como módulos fotovoltaicos e componentes de módulos, bem como isolamento de construção, bombas de calor, equipamentos para fabricação e uso de combustíveis limpos gerados por eletricidade e infraestrutura de rede elétrica, como transformadores.
“Os atos de hoje protegem os empregos solares existentes, levarão ao aumento do emprego na indústria solar e promoverão uma base de fabricação solar robusta em casa”, diz a Casa Branca.