São Paulo, SP – O licenciamento total de veículos – que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 0,9% em maio, para 187.064 unidades, ante 188.678 no mesmo mês de 2021. Ante o mês anterior, o indicador teve alta de 27%, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A média diária de 8,5 mil unidades foi a maior do ano, crescendo 10% em relação a abril.
Já os licenciamentos de automóveis e comerciais leves recuaram 0,2% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 136.731 unidades. Ante abril, houve crescimento de 28%. No acumulado do ano, os emplacamentos de leves somaram 687.439 de unidades, queda de 18% frente ao mesmo período de 2021.
Durante coletiva de imprensa, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, comentou sobre a consistência do crescimento de mercado, um degrau a cada mês desde o início do ano, para vendas e produção.
Exportações já largaram o ano em alta, e se mantêm assim. Como a tendência histórica do nosso setor é de um segundo semestre mais robusto que o primeiro, estamos muito otimistas quanto à manutenção desse bom ritmo de recuperação, afirmou o executivo.
Leite também comentou sobre a MP 1.112, publicada no início de abril pelo governo federal, que instituiu o Programa Renovar, voltado inicialmente para caminhões, ônibus e implementos rodoviários. Para o executivo, é importante implementar a inspeção técnica veicular junto o com programa. Além disso, ressaltou Leite, é fundamental que a indústria automobilística mantenha o foco na descarbonização da frota e no desenvolvimento de novas tecnologias.
A venda de caminhões recuou 9,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 10.394 unidades e alta de 10,8% ante abril. No acumulado do ano, por sua vez, houve queda de 1,5%, a 46.630 caminhões.
No setor de ônibus, os emplacamentos diminuíram 9,2% em base anual, a 1.456 unidades. Em relação a abril, a venda de ônibus teve alta de 29,2%. No acumulado do ano, houve queda de 3,3% a 5.905 unidades.
EXPORTAÇÃO
A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil somou US$ 943,855 milhões em maio, alta de 39,7% ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês anterior, houve crescimento de 17,6%, segundo a Anfavea.
PRODUÇÃO
Em maio, foram produzidos 188.956 unidades de veículos leves no Brasil, 6,6% acima que no mesmo mês de 2021. Na comparação mensal, houve aumento de 8,4%, de acordo com Anfavea.
Já a produção total de veículos – que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – foi de 205.916 unidades no mês passado, 6,6% acima do produzido em maio de 2021 e 8,4% mais que em abril.
No acumulado do ano, a produção total caiu 9,5% para 888.091 unidades, enquanto a produção de veículos leves nos cinco primeiros meses deste ano diminuiu 10,2% ante o mesmo período de 2021, para 819.349 unidades.
O presidente da Anfavea também comentou sobre o impacto da guerra na Ucrânia na produção de veículos no Brasil. Segundo Leite, além do problema da falta de semicondutores, a indústria automobilística também tem atenção redobrada para borracha, cabos e resinas.
São itens que precisam ter um planejamento melhor para conseguir manter um nível estável da produção. A falta de qualquer um deles tem um efeito cascata que impacta a cadeia de produção, explicou o executivo.
Por fim, Leite comentou que de janeiro a maio deste ano, a indústria deixou de produzir 150 mil unidades de veículos em virtude da crise de abastecimento e logística. O país teve 16 paralisações de fábricas, resultando em 331 dias parados, corresponde a uma média de 20 dias de paralisação por fábrica.
EMPREGOS
A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva encolheu 2,2% em na comparação com maio de 2021, para 101.833 posições. O número é 0,1% superior na comparação mensal, com 101.736 postos em abril, informou a Anfavea.
