Gerdau fecha 1° trimestre de 2022 com lucro de R$ 2,9 bilhões

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São Paulo – A Gerdau divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido ficou em R$ 2,9 bilhões, alta de 19% em comparação ao mesmo período do ano passado, e recuo de 7% em relação ao quarto trimestre de 2022.

Segundo a companhia, os números são reflexo, principalmente, do desempenho da construção no mercado norte-americano e resultados da operação de aços especiais e o spread metálico mais forte nos Estados Unidos.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 5,8 bilhões entre janeiro e março de 2022, ante R$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 35%. Em relação ao quarto trimestre de 202, houve queda de 3%.

A Gerdau disse que o resultado do Ebtida ajustado e a margem Ebitda ajustada “renovaram o recorde histórico para um 1 trimestre. Estes resultados refletem o estágio atual de demanda e preços no setor de aço, principalmente na América do Norte, somado à capacidade das equipes de capturar as oportunidades de mercado”.

A receita líquida somou R$ 20,3 bilhões, 24% acima do primeiro trimestre de 2021, que fechou com R$ 16,3 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, a receita líquida caiu 6%.

No relatório, a companhia diz que a receita líquida inferior na comparação ao último trimestre de 2021 é reflexo da redução do volume vendido, dos menores preços praticados no Brasil e da taxa de câmbio apreciada, o que reduz as receitas em moeda estrangeira convertidas para reais. Em relação ao primeiro trimestre de 2021 a receita líquida apresentou expressivo aumento, devido aos melhores preços praticados.

Sobre a redução do custo das vendas em relação ao último trimestre de 2021, a Gerdau diz que foi influenciado pela redução nos volumes vendidos, apesar do aumento de 57% no custo do carvão. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, houve aumento do custo das vendas, impactado pelas principais matérias-primas utilizadas pela companhia: o carvão metalúrgico aumentou 150%, o minério de ferro 19% e a sucata consumida 12%.

Os investimentos somaram R$ 593 milhões, sendo R$ 437 milhões em Manutenção, Expansão e Atualização Tecnológica e R$ 156 milhões em investimentos para melhorias de práticas ambientais.

Do valor total desembolsado no trimestre, 56% foram destinados para a ON Brasil, 24% para a ON América do Norte, 14% para a ON Aços Especiais e 6% para a ON América do Sul. Os projetos de Manutenção estão associados ao conceito de reinvestimento da depreciação ao longo dos anos, com o objetivo de manter o desempenho operacional das plantas.