São Paulo – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apresentou hoje (22/6) o seminário sobre instrumentos de divulgação de informações sobre Exploração de Petróleo e Gás Natural, com a apresentação de dados sobre exploração de petróleo e gás no país, disponíveis no Painel Dinâmico da Fase de Exploração e no Relatório Anual de Exploração 2021 lançado recentemente.
Segundo a agência, em 2022, o total de investimentos previstos na exploração de petróleo é de R$ 3,4 bilhões, sendo R$ 2,6 bilhões em 30 poços exploratórios, R$ 184 milhões em levantamentos geofísicos, entre outros gastos.
Em relação aos dados de 2021, a ANP destacou o aumento de aproximadamente 38% no número de poços exploratórios perfurados em 2021, quando foram perfurados 22, na comparação com 2020, quando foram perfurados 16.
Os dados mostraram que os blocos terrestres reduziram até 2020 e depois passaram a subir. Em 2021, eram 108 blocos em terra (46%) e 138 em mar (54%).
Em 2021, a Petrobras tinha o maior número de blocos, com 68, enquanto a Eneva, com 24 blocos, tinha a maior área sob contrato. A Shell tinha 19, Exxon Mobil 17, Imetame 18, com 39 operadoras no total.
Ao final de 2021, a bacia de Campos tinha 34 blocos sob contrato, enquanto Santos tinha 18, referentes à Margem Leste.
A bacia do Recôncavo, com 29 blocos sob contrato, é que tem mais atividades de exploração.
As bacias sedimentares tinham 246 blocos sob contrato em 2021, dos quais 57 com contrato suspenso (40 em bacias marítimas e 23 na margem equatorial), principalmente por atrasos no licenciamento ambiental. Em 2022, o número de blocos sob contrato é de 240 blocos, segundo dados do painel dinâmico apurados até ontem.
Do total de poços exploratórios marítimos perfurados em 2021, 85% eram do pré-sal, segundo os dados da ANP. Entre os terrestres, Paranaíba teve o maior número de poços perfurados (9).
A agência totalizou 80 notificações de descobertas, sendo 50 em bacias terrestres (24 na Parnaíba) e 30 em bacias marítimas (20 em Santos).
As bacias de Parnaíba e de Santos tiveram notificações de descobertas em todos os anos da série de dados da ANP, que vai de 2016 a 2021.
A ANP tinha 34 declarações de postergação de descoberta.Em caso de efetivação da declaração de comercialização, a atividade de exploração no campo pode ser iniciada.
De 2016 a 2021, foram efetivadas 27 declarações de comercialidade, sendo 20 e bacias terrestres e 16 marítimas -com destaque para as dez na Bacia do Recôncavo e as sete na Bacia de Santos.
Em 2021, foram efetivadas três declarações de comercialidade, sendo uma na Bacia do Parnaíba e duas na Bacia do Recôncavo.
A ANP totalizou 15,8 bilhões de barris de petróleo (bbl) e 25,4 bilhões de metros cúbicos (m/3) em gás natural nos campos declarados entre 2016 e 2021. O índice de sucesso exploratório é de 20% do período de 1998 e 2021.
Em relação aos investimentos previstos para 2022, o diretor da ANP, Fernando Moura, disse que são consequência, em parte, de medidas da agência para incentivar o setor. “A ANP se encontra permanentemente atenta aos impactos conjunturais sobre o segmento de exploração. Os esforços da ANP para que fossem gerados mecanismos de natureza regulatória que viabilizassem aos contratados a faculdade de prorrogação da fase de exploração dos contratos confirma que não interessa à Agência e ao país que contratos sejam extintos, investimentos compromissados cancelados e empregos, perdidos. Como será possível verificar no Relatório Anual, apenas para o ano de 2022, estão previstos investimentos em atividades exploratórias que superam R$ 3,3 bilhões”, afirmou.
O diretor ressaltou ainda a importância dos instrumentos de divulgação da ANP. “O Relatório Anual de Exploração é uma importante fonte de informações e de análises sobre o desempenho do segmento de exploração do nosso país. Também pode contribuir para auxiliar no planejamento e nas decisões futuras sobre os investimentos a serem realizados. E, em linha com o objetivo de divulgação periódica, simples e de fácil acesso dos dados custodiados pela ANP, recentemente a Agência disponibilizou também uma nova versão do Painel Dinâmico da Fase de Exploração. Esse é mais um esforço da Agência de se manter continuamente conectada com o desenvolvimento de ferramentas que agreguem valor à informação e com os anseios da sociedade de informação de qualidade e conhecimento”, disse.
O Painel Dinâmico da Fase de Exploração, também apresentado no evento, foi atualizado recentemente com os dados históricos, a partir de 1998, sobre os Planos de Avaliação de Descoberta concluídos, declarações de comercialidade e poços exploratórios perfurados, sendo possível observar os poços perfurados que apresentaram notificação de descoberta.