São Paulo – Os líderes da União Europeia concordaram hoje em tornar a Ucrânia uma candidata oficial a se juntar ao bloco, abrindo as portas para uma possível adesão futura.
“É um momento histórico (…) o nosso futuro é conjunto”, escreveu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, numa postagem na sua página no Twitter.
A decisão foi acordada pelos líderes da União Europeia em uma cúpula em Bruxelas e atende a um dos maiores pedidos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky aos países europeus. A medida também pretende enviar uma mensagem retumbante de apoio do bloco de países à Kiev, em resposta ao governo de Moscou.
“Essa decisão fortalece a todos nós. Fortalece a Ucrânia, Moldávia e Geórgia, diante do imperialismo russo e fortalece a União Europeia”, também postou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Mostra mais uma vez ao mundo que estamos unidos e fortes diante de ameaças externas”, completou ela.
Quem também repercutiu a novidade foi o próprio presidente ucraniano. Zelensky saudou os líderes europeus e disse que a candidatura da Ucrânia ao bloco é um ‘momento histórico’.
“Agradeço sinceramente a decisão dos líderes da UE em conceder à Ucrânia um status de candidato. É um momento único e histórico nas relações entre Ucrânia e União Europeia”, disse Zelensky.
A União Europeia também incluiu a Moldávia como candidata – o país faz fronteira com a Ucrânia e tropas russas estão presentes em sua região separatista, a Transnístria.
A decisão sobre a Ucrânia e a Moldávia veio depois que a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, recomendou na semana passada oferecer aos dois países o chamado status de candidato, uma perspectiva impensável antes da invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24 de fevereiro.