IPCA-15 acelera em junho e sobe 0,69%, acima da projeção de 0,65%

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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,69% em junho na comparação com maio, acelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,59%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou levemente acima da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,65%, conforme o Termômetro CMA. No ano, o acumulado é de +5,65%. Já o IPCA-E, que é o acúmulo trimestral do IPCA-15, teve alta de 3,04%, enquanto o mesmo período em 2021 foi de +1,88%.

Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 12,04% em 12 meses até junho. O resultado no período de 12 meses veio em linha com a mediana das estimativas de +12,03%, ainda segundo o Termômetro CMA, e mostra uma discreta desaceleração em relação aos +12,20% acumulados até maio, mantendo-se bem acima do centro da meta perseguido pelo Banco Central para este ano, de 3,5%, pelo décimo oitavo mês consecutivo.

Segundo o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em junho, sendo que o maior impacto (0,19 ponto porcentual) ocorreu no grupo Transportes, enquanto a maior variação (1,77% e 0,08 pp) foi observada em Vestuário.

Quanto aos índices regionais, o IPCA-15 subiu em todas as 11 regiões pesquisadas neste mês. A maior variação foi observada em Salvador (+1,16%), onde pesaram gasolina (+4,25%) e o reajuste na tarifa de energia elétrica (20,97%). Já a menor variação foi registrada em Belém (+0,18%), com queda nos preços do açaí (-8,08%) e gasolina (-1,70%). A capital paulista registrou aumento de 0,79% em junho.

O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 14 de maio a 13 de junho.