Oi reverte prejuízo e tem lucro de R$ 1,7 bi no primeiro trimestre

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São Paulo, SP – A Oi divulgou na noite de ontem (28) o resultado do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 1,7 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 3 bilhões do mesmo trimestre de 2021. No quarto trimestre de 2021, o prejuízo foi de R$ 1,6 bilhão.

O Ebitda consolidado de rotina totalizou R$ 1,2 bilhão no trimestre, apresentando redução
de 22,3% em relação ao quarto trimestre de 2021 e melhora de 9,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

O Ebitda de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 1,2 bilhão, queda de 18,1% no
comparativo sequencial e incremento de 8,1% em comparação com ano anterior. A margem Ebitda de rotina das operações brasileiras foi de 27,8% uma redução trimestral de 5,1 p.p. e melhora anual de 2,2 p.p.

Em relação às operações internacionais, o Ebitda de rotina totalizou R$ 32 milhões no primeiro trimestre de 2022, comparado aos R$ 123 milhões no quarto trimestre de 2021 e aos R$ 11 milhões no primeiro trimestre de 2021. Os itens não rotina totalizaram de R$ 4 milhões no primeiro trimestre de 2022.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 4,4 bilhões, apresentando uma redução de 3,4% em relação ao último trimestre de 2021 e 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida das operações brasileiras (Brasil) totalizou R$ 4,3 bilhões no período, recuo de 3,1% em comparação com o quarto trimestre de 2021, e queda de 0,3% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

A receita líquida das operações continuadas no Brasil totalizou R$ 2,4 bilhões, uma
redução de 4,8% na comparação anual e de 3,3% em relação ao quarto trimestre de 2021.

A receita líquida das operações internacionais totalizou R$ 32 milhões, queda de 29,9% quando comparada ao quarto trimestre de 2021 e de 45,7% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

A companhia encerrou o trimestre com caixa consolidado de R$ 1.983 milhões, uma redução de 39,7% em relação ao quarto trimestre de 2021 e de 34,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

A companhia atribuiu a redução no caixa do trimestre ao resultado negativo das operações
financeiras efeito combinado da redução das receitas financeiras do caixa em moeda estrangeira e pagamento de juros como BNDES e, principalmente, os pagamentos dos juros semestrais do Bond Qualificado e do Bond sênior, além dos pagamentos de obrigações a credores, como a última parcela dos fornecedores parceiros prevista no Plano de Recuperação Judicial da Companhia.

Fibra

A companhia encerrou o primeiro trimestre de 2022 com 15,6 milhões de casas passadas com Fibra (Homes Passed HPs), foram adicionados aproximadamente 1,1 milhão de HPs. Esse foi 11º trimestre consecutivo com mais de 1 milhão de HPs somados à infraestrutura da V.tal.

O trimestre fechou com 3.534 mil casas conectadas com Fibra (Homes Connected HCs) sendo 3.293 mil acessos no segmento Residencial. As adições líquidas de HCs totalizaram cerca de 154 mil acessos no 1T22 (85% no segmento Residencial) e nos últimos 12 meses foram adicionadas 1.061 mil HCs.

No consolidado, a receita de Fibra alcançou R$ 913 milhões no primeiro trimestre de 2022, sendo R$ 851 milhões provenientes de clientes residenciais e R$ 62 milhões do segmento de pequenas e médias empresas, com crescimento anual de 54,3% e sequencial de 6,4%. A receita de Fibra já se encontra em um patamar anualizado próximo a R$ 3,7 bilhões.

Os custos e despesas operacionais (Opex) consolidados de rotina, incluindo as operações internacionais, totalizaram R$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022, incremento de 6,9% na comparação sequencial e redução de 4,6% na comparação anual. O Opex de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 3,1 bilhões, incremento de 4,2% no trimestre e uma redução de 3,2% na comparação anual.

As provisões para devedores duvidosos totalizaram R$ 83 milhões no primeiro trimestre de 2022, um incremento de 685,0% em relação ao quarto trimestre de 2021 e de 18,5% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O aumento da PDD nesse trimestre é decorrente tanto de uma piora no perfil da inadimplência quanto do menor volume de recuperações de perdas.

Neste primeiro trimestre de 2022, em função acordo locked-box para a operação da V.tal, que entrou em vigor a partir de 01/01/2022, a companhia deixou de ser responsável pelos
investimentos na rede de fibra. Durante o período, a continuidade dos investimentos no
desenvolvimento desta infraestrutura foi garantida pela AFAC (Antecipação para Futuro Aumento de Capital) realizada pelo novo controlador na V.tal.

O Capex consolidado da Companhia (excluindo o Capex realizado pela V.tal), totalizou R$ 363 milhões, sendo as operações brasileiras responsáveis por um investimento de R$ 345 milhões, enquanto as operações internacionais responderam por um investimento da ordem de R$ 18 milhões.

Neste primeiro trimestre de 2022, o fluxo de caixa operacional consolidado de rotina foi positivo em R$ 889 milhões. Nas operações brasileiras, o fluxo de caixa operacional foi positivo em R$ 875 milhões versus uma geração negativa nos períodos anteriores. Estas expressivas melhoras do fluxo de caixa operacional derivam majoritariamente da redução do Capex.

A dívida bruta consolidada registrou um saldo de R$ 33,4 bilhões no primeiro trimestre de 2022, representando uma redução de 6,9% ou R$ 2,4 bilhões em relação ao registrado no quarto trimestre de 2021. Já no comparativo anual, por sua vez, houve um aumento do endividamento de 18,5% ou R$ 5,2 bilhões. A redução no trimestre é decorrente, principalmente da valorização do real versus dólar de 15,10%, somada à amortização dos juros do Bond qualificado e do Bond sênior no valor de R$ 645 milhões.