Greenbay segue com viés negativo para renda variável no Brasil

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São Paulo – Em sua carta mensal, a Greenbay Investimentos diz que segue com viés negativo para renda variável no Brasil, devido à manutenção de grandes incertezas fiscais e a perspectiva de juros altos por bastante tempo, no cenário local, e de expectativa de um ambiente de menor crescimento e maior volatilidade no internacional.

Dessa forma, a carteira de ações da gestora segue totalmente protegida via venda de índice futuro de Ibovespa. “Ainda, pretendemos aumentar a posição vendida em Ibovespa na hipótese de alguma recuperação do preço do índice, algo possível dado o nível de preços e deterioração recente”, diz a Greenbay, em sua carta mensal de junho.

No documento, a gestora diz ter convicção que a estratégia vendida em dólar e comprada em real, casada com a venda do índice Ibovespa, ainda tem bastante para performar esse ano, apesar da expectativa de redução do diferencial de juros do Brasil em relação aos EUA e resto do mundo.

“Mais importante do que o diferencial de juros nominal para esse trade chamado de venda venda, é o elevado nível (e diferencial) de juro real, que prejudica os fluxos de recursos para a renda variável e encarece as posições vendidas em real”, avalia.

Adicionalmente, a Greenbay montou uma posição pequena comprada em yen e vendida em dólar. “É um trade defensivo e, caso o BOJ [banco central do Japão] modifique a sua política de controle da curva de juros, reverterá parte da grande depreciação sofrida pela sua moeda verificada nos últimos meses”, explica.

A gestora também está posicionada para o fim do ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central do Brasil principalmente através de estratégias tomadas em inclinação de juros e, em tamanho menor, com trades aplicados na parte curta da curva, com a expectativa de que os juros curtos e intermediários possuem algum prêmio, caso suas projeções de inflação (e as do BC) se concretizem.

Já os juros longos devem seguir pressionados pela incerteza eleitoral e pela perspectiva de piora da situação fiscal nos próximos anos, finaliza.