São Paulo – Em amplo relatório sobre o setor financeiro, o Itaú BBA revisou suas preferências antes da temporada de resultados do segundo trimestre de 2022, em que aponta que o principal tema para os bancos continuará a ser o declínio na qualidade do crédito.
Entre os grandes bancos, a análise cita o Banco do Brasil como “vencedor relativo”, por ter uma carteira menos cíclica e tendências de NII mais fortes, e continua sendo a principal escolha com recomendação “outperform (equivalente à compra). O Bradesco poderá sentir algum alívio se os NPLs de varejo desacelerarem o suficiente para compensar a provável pressão sobre as pequenas e médias empresas. “O Santander é nossa principal recomendação para evitar entre os bancos em coberturas mais baixas”, acrescenta.
O BBI também recomenda evitar os bancos digitais Nubank e Banco Pan devido à alta concentração de crédito no varejo e custos de captação.
Entre as adquirentes, os analistas estimam que Stone e PagSeguro devem continuar se recuperando, mas com menos fôlego do que nos trimestres anteriores e, com isso, elevaram significativamente as estimativas para a Cielo e atualizaram a recomendação para “outperform” (equivalente à compra).
Por outro lado, a classificação da B3 foi rebaixada para “market perform” (desempenho de mercado), pois avaliam que a empresa provavelmente continuará perdendo lucratividade com um desempenho mais fraco no top-line. “Isso também reforça o BTG Pactual como nossa principal escolha no mercado de capitais”, avaliam.
O Banco ABC é a principal escolha do BBI entre as small caps, por sua expansão de resultados e qualidade de crédito estável.
Entre as seguradoras, o BBI vê direcionadores de resultados orgânicos e cíclicos positivos para BB Seguridade e Caixa Seguridade, que indicam o ponto ideal em sua cobertura mais ampla para esta temporada.