Fitch revisa perspectivas de 31 empresas para estável e afirma classificações

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São Paulo – A agência de classificação de risco Fitch Ratings revisou a perspectiva da nota de crédito global de 31 empresas brasileiras para estável de negativa após uma revisão semelhante à perspectiva do rating soberano do Brasil. A Fitch também afirmou os ratings das empresas em moeda estrangeira e local. São elas: Aegea, Cemig, Energisa e suas controladas Energisa Sergipe, Paraíba e Minas Gerais, BR Malls, Petrobras, Comgás, Rumo, Simpar, Americanas SA, Cosan, Globo, Taesa, Ache, Dexco, JSL, Raizen e Raízen Energia, TAG, Compass, Engie Brasil, MRS Logistica, Alupar, CESP, Cemig, Localiza, Movida e Rede D’Or Sao Luiz.

“A revisão da perspectiva para estável de negativa para esses emissores resulta de sua exposição ao teto-país do Brasil ou sua vinculação direta aos ratings soberanos do país. A revisão da perspectiva do soberano brasileiro para estável de negativa reflete a evolução melhor do que o esperado das finanças públicas em meio a sucessivos choques nos últimos anos desde que a Fitch atribuiu a perspectiva negativa em maio de 2020”, disse a Fitch, em nota.

A agência menciona que, no ano passado, o Brasil registrou seu primeiro superávit fiscal primário desde 2013, com destaque para o desempenho superior das receitas e o compromisso das autoridades de retirar os estímulos implementados durante a pandemia.

A Fitch também considera que a atividade econômica tem sido mais resiliente do que suas expectativas anteriores. “A Fitch projeta um crescimento de 1,4% em 2022, acima dos 0,5% anteriores, refletindo um resultado melhor do que o esperado no 1T22, reabertura pós-pandemia de setores defasados, uma sólida recuperação de empregos, aumento das transferências sociais e preços mais altos de commodities.”

A Fitch espera que o impacto defasado do significativo aperto da política monetária e as incertezas globais e relacionadas às eleições domésticas devem restringir o crescimento daqui para frente e em 2023, apesar da resiliência até agora. “Os riscos de queda persistem em nossa projeção de crescimento de 1% para 2023”, acrescentou.