São Paulo – O conselho de administração da Klabin aprovou, por maioria dos votos, a construção de uma nova unidade de papelão ondulado em Piracicaba (SP), com investimento bruto de até R$ 1,567 bilhão, em um terreno de 950 mil metros quadrados, que terá capacidade de produção anual de 240 mil toneladas de papelão ondulado, com duas onduladeiras e nove impressoras. O início de operação está previsto para o segundo trimestre de 2024.
A nova fábrica “Projeto Figueira” possui “localização estratégica e condições de receber futuros projetos de produção de papel reciclado e capacidade adicional de papelão ondulado, Após otimizações dos ativos atuais, a capacidade líquida incremental de papelão ondulado da Klabin será de aproximadamente 100 mil toneladas por ano”, segundo fato relevante enviado pela Klabin à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). . Com este projeto e a adição de capacidade do Projeto de Horizonte, a capacidade nominal de conversão de papelão ondulado da Klabin será de aproximadamente 1,3 milhão de toneladas por ano.
O investimento de R$ 1,57 bilhão inclui cerca de 200 milhões de impostos recuperáveis. O desembolso acontecerá entre os anos de 2022 e 2024 e será financiado pela posição de caixa da companhia.
“O Projeto Figueira está alinhado ao plano de crescimento da Klabin e reforça sua crença no mercado brasileiro, em especial de embalagens de papelão ondulado, seu compromisso de criação de valor sustentável para todos os stakeholders e a confiança no seu modelo de negócio integrado, diversificado e flexível”, disse a empresa.
A conselheira Isabella Saboya, que votou favoravelmente à aprovação da matéria, apresentou seu voto por escrito, em que avalia que projeto faz sentido no modelo de negócios da companhia, mas tem dúvidas “por não se discutir projetos alternativos como o investimento numa fábrica de papel integrada e/ou integração com máquinas recicladoras feita conjuntamente ao projeto de papelão ondulado já na partida” e por que o projeto não parece ser atrativo em termos de retorno financeiro.
O conselheiro Roberto Luiz Leme Klabin registrou a sua abstenção em relação à matéria, uma vez que, no seu entendimento, seria necessária uma discussão mais aprofundada do roadmap estratégico antes de deliberar a respeito do projeto. O conselheiro Sérgio Francisco Monteiro de Carvalho também registrou sua abstenção pelo mesmo motivo e ainda que este, quando analisado de forma isolada, não se mostra tão atrativo, por essa razão, entende que a companhia poderia avaliar outras alternativas para alocação do capital.
Os conselheiros Camilo Marcantonio e Mauro Rodrigues da Cunha apresentaram seus votos contrários à aprovação do Projeto Figueira.