Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Federal das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs (DIHK, da sigla em alemão), 16% das empresas do país pretendem reduzir a produção ou abandonar algumas áreas de seus negócios por conta do aumento dos preços da energia. O resultado foi divulgado hoje, e 3.500 empresas da Alemanha foram consultadas para o estudo.
Ainda segundo a pesquisa, 25% das empresas já teriam implementado protocolos de redução do consumo e outros 25% estão com o processo em curso.
“Estes são números alarmantes”, diz o presidente da DIHK, Peter Adrian. “Eles mostram como os preços de energia permanentemente altos são um fardo. Muitas empresas não têm escolha a não ser fechar ou realocar a produção para outros locais”.
De acordo com a avaliação, os setores que usam energia de forma mais intensiva sentem duas vezes mais a alta dos custos energéticos. Um total de 32% dessas empresas intensivas em energia está lidando com uma redução na produção ou uma tarefa (parcial) das áreas de negócios.
“Também podemos tirar a conclusão desses números: o que estamos observando atualmente em termos de queda no consumo de gás na indústria se deve principalmente ao desligamento de máquinas e sistemas. Não pode ser atribuído à melhoria da eficiência energética”, afirma Adrian.
A avaliação da DIHK também mostra que muitas empresas ainda precisam adquirir quantidades significativas de gás para 2022 agora no meio do ano. Apenas metade das indústrias já cobriram suas necessidades de gás por meio de contratos. Mais de um terço ainda precisa comprar mais de 30% de suas necessidades anuais para 2022.
“Devido à situação atual dos mercados de energia, há um custo considerável e risco de fornecimento para as empresas nos próximos meses”, diz Adrian. “Muitas empresas estão descobrindo atualmente que não podem repassar os aumentos de preços que experimentaram na concorrência internacional direta ou indireta de forma suficiente para os clientes”.
De acordo com a pesquisa do DIHK, quase dois terços das empresas industriais (63%) veem os altos preços da eletricidade e do gás como uma ameaça à competitividade na Alemanha.
