Como era amplamente esperado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) subiu a taxa de juros em 0,75 ponto percentual (pp) na faixa entre 2,25% e 2,50% ao ano. A decisão foi unânime.
“O Comitê decidiu elevar a taxa de juros entre 2,25% e 2,50% ao ano e prevê que os aumentos contínuos na faixa-alvo serão apropriados”, diz o comunicado do Fed. “Além disso, o Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e da dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas, conforme descrito nos Planos de Redução do Tamanho do Balanço patrimonial do Federal Reserve que foram emitidos em maio”.
Na decisão, o Fomc deixa claro que está muito atento aos riscos de inflação, mas reafirmou que está fortemente comprometido em trazer o índice para seu objetivo de 2%.
“A Comissão está preparada para ajustar a posição da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir o alcance das metas”, diz o comunicado. “As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões de inflação e expectativas de inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais”.
O Comitê também expressa no documento que os indicadores recentes de gastos e produção suavizaram, mas os ganhos com emprego permanecem altos e as taxas de desemprego baixas.
“Os indicadores recentes de gastos e produção têm suavizado. No entanto, os ganhos de emprego têm sido robustos nos últimos meses, e a taxa de desemprego tem permanecido baixa”, diz o documento. “A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões mais amplas de preços”.