São Paulo – A Cielo registrou lucro líquido de R$ 635,3 milhões no segundo trimestre de 2022, alta de 252,2% na comparação anual, o maior resultado desde o quarto trimestre de 2018, devido à expansão do resultado em todas as unidades de negócios, disse a companhia em seu relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“O resultado se beneficiou do crescimento do volume capturado, recuperação do yield de receita, contínuo controle de gastos, expansão do negócio de antecipação de recebíveis e desempenho recorde da Cateno”, explicou a empresa.
Em outras controladas, o resultado se beneficiou dos impactos positivos relacionados à venda da subsidiária MerchantE, concluído em abril, que teve impacto positivo de R$ 282 milhões no lucro líquido. Tanto na Cielo, como na Cateno, os resultados foram impulsionados pela sólida melhora nos fundamentos operacionais, com crescimento das receitas e gastos sob controle.
Em bases recorrentes, o resultado foi de R$ 383 milhões, 112,5% acima do apurado no mesmo intervalo do ano passado. A companhia disse que o trimestre foi marcado por forte desempenho operacional em adquirência e na Cateno.
A receita operacional líquida foi de R$ 2,5 bilhões, recuo de 9,7% ante igual período do ano passado. Já a receita operacional líquida das operações da Cielo e Cateno teve alta de 33,7% em base anual, para R$ 2,5 bilhões.
Os produtos de prazo, soluções que permitem aos clientes da Cielo antecipar seus fluxos de recebíveis, oriundos de transações a crédito à vista e parcelado, totalizaram R$29 bilhões em volume antecipado, crescimento de 58,1% frente ao 2T21. Dentre os produtos de prazo, destaque para a expansão da linha de aquisição de recebíveis, que alcançou 9,8% de penetração, ante 8,1% no 2T21.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) subiu 103,7% e somou R$ 1,18 bilhão, na mesma base de comparação.
No trimestre, o volume financeiro de transações na Cielo Brasil, o indicador foi recorde, com R$ 221 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 33,8% ante abril e julho de 2021.
Os gastos totais da Cielo no período foram negativos em R$ 701,9 milhões, 7,3% maiores que o visto no mesmo período de 2021, que a empresa atribui à disciplina na gestão de gastos e das ações de eficiência que vêm sendo tomadas pela administração, o que foi suficiente para compensar os efeitos da inflação, a pressão sobre a estrutura de custos da Cielo Brasil dado o aumento de volumetria, e os investimentos em novas iniciativas de melhoria operacional, que totalizaram R$38,7 milhões em OPEX no trimestre, aumento de R$33,1 milhões em relação ao 2T22.