Ultrapar reverte prejuízo e anota lucro líquido de R$ 460 milhões no segundo trimestre

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São Paulo – A Ultrapar obteve lucro líquido de R$ 460 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 18 milhões no mesmo intervalo do ano passado.

O montante é resultado R$ 478 milhões superior ao de um ano antes, fruto do maior ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas, do ganho de capital com a venda da Oxiteno registrado no intervalo e do impairment da Extrafarma registrado no 2T21, atenuados pelo aumento na despesa financeira líquida. Em relação ao 1T22, o lucro líquido ficou estável.

A receita líquida da companhia no segundo trimestre totalizou R$ 37,4 bilhões, alta de 31% ante o mesmo trimestre do ano anterior, em função do aumento na receita líquida em todos os negócios, principalmente na Ipiranga, atenuado pelo fechamento da venda da Oxiteno e sua respectiva desconsolidação dos resultados no 2T22.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 197% na comparação anual, para R$ 1,5 bilhão. Sem considerar os ajustes, o ebitda alcançou de R$ 1,4 bilhão, superior aos R$ 375,1 milhões na comparação anual.

O maior ebitda ajustado foi registrado pela Ipiranga, de R$ 840 milhões, seguido por Ultragaz R$ 261 milhões, Ultracargo R$ 129,6 milhões, eliminações de R$ 900 mil, enquanto em Holding, abastece aí e deamis empresas registrou R$ 42,4 milhões negativos, composto de R$ 41 milhões de ebitda negativo com a Holding, R$ 14 milhões negativos com o abastece aí, devido a despesas com pessoal e tecnologia, com destaque para serviços de tecnologia e prevenção a fraudes e R$ 12 milhões positivos com as demais empresas, consequência principalmente do melhor resultado da Refinaria Riograndense.

Por área de negócio, o volume da Ipiranga alcançou 5,629 milhões de metros cúbicos (m/3) no segundo trimestre, 1% maior que na comparação anual, com aumento de 1% no ciclo Otto e no diesel, influenciado por uma decisão de menores vendas no mercado spot. Em relação ao 1T22, o volume foi 5% maior, em função do crescimento de 9% no diesel, fruto principalmente da sazonalidade típica entre os períodos.

Na Ultragaz, o volume total foi de 425 mil toneladas, queda de 3% na comparação anual, sendo 281 mil toneladas de gás envasado e 144 mil toneladas a granel, baixa de 6% e alta de 3%, respectivamente, devido a menor demanda do mercado, no primeiro, influenciada pelos aumentos de custo de GLP nos últimos 12 meses. Já o segmento granel apresentou crescimento de 3%, devido principalmente a maiores vendas para comércios e serviços. Em relação ao 1T22, o volume vendido foi 7% maior, reflexo da sazonalidade típica entre os períodos.

Por fim, na Ultracargo a armazenagem efetiva média subiu 11% e alcançou 955 mil m/3 no segundo trimestre do ano em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior, fruto da expansão de capacidade em Itaqui e do início das operações do terminal em Vila do Conde. O m/3 faturado apresentou crescimento de 8%, com maior movimentação em Itaqui e início das operações em Vila do Conde, atenuados pela menor movimentação de etanol e químicos em Suape. Em relação ao 1T22, o m faturado aumentou 6%, devido ao ramp up das operações em Vila do Conde, além de maiores movimentações de etanol e combustíveis em Suape e de químicos em Santos.

Ao final do trimestre, a dívida líquida consolidada da Ultrapar era de R$ 8,2 bilhões, menor que os R$ 10,9 bilhões do segundo trimestre de 2021. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 2,2 vezes, 0,6 ponto percentual (pp) abaixo do mesmo período de 2021.