Lucro líquido da Localiza 2° trimestre chega a R$ 456,7 milhões

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São Paulo, SP – A Localiza divulgou o balanço do segundo trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 456,7 milhões, alta de 2% em comparação ao mesmo período de
2021. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado foi de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 45,1% em relação ao mesmo período do ano passado, que fechou em R$ 769, 7 milhões.

A companhia disse que no segundo trimestre, houve R$ 11,3 milhões em despesas de integração com a Unidas, dos quais cerca de 65% foram alocadas em aluguel de carro, 22% em Gestão de Frotas e 13% no Seminovos.

O EBIT consolidado totalizou R$ 892,5 milhões, representando um aumento de 32,6% se comparado ao segundo trimestre de 2021. A margem Ebitda foi de 52,5%, em queda de 2,4% em relação ao mesmo período de 2021, quando tinha sido de 54,9%.

A receita líquida ficou em R$ 3 bilhões, alta de 13,1% em comparação ao mesmo período de 2021. O ROIC LTM totalizou 18,1% e o spread em relação ao custo da dívida, depois dos
impostos, foi de 11,6%. Segundo a companhia, os resultados são fruto da disciplina, busca contínua por geração de valor e da visão de longo prazo na alocação de capital, mesmo num cenário de aumento da taxa de juros e início de normalização do ciclo de venda de carros.

Sobre os aluguéis de carros, houve uma expansão de 42% na receita líquida, com crescimento de 13,6% no volume e 24,9% na diária média, em comparação com o segundo trimestre de 2021.

No primeiro trimestre de 2022, houve um crescimento de receita de 38,7% na divisão, com volume 7,9% superior e diária média 28,3% mais alta, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A tarifa média do trimestre foi de R$103,1, com a captura de novos aumentos sequenciais de preços em segmentos de maior duração. A taxa de utilização foi de 79,7%.

A companhia encerrou o trimestre com 621 agências sendo 452 agências próprias e 88 franquias no Brasil, além de 81 franquias em outros 4 países da América do Sul.

A divisão de Gestão de Frotas trouxe receita líquida 27,8% maior em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado do crescimento de 11,1% no volume e 13,5% na diária
média. No primeiro semestre de 2022, houve aumento de 11,5% no volume e 25,3% na receita dessa divisão, em relação ao mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre de 2022, foram comprados 41.162 e vendidos 18.862, resultando em adição de 22.300 carros na frota. O nível de produção vem aumentando gradualmente e as vendas diretas ganham relevância no total de vendas, o que contribuiu com a forte aceleração no ritmo de compra ao longo do trimestre. O preço médio do carro vendido subiu 29,8% em comparação ao segundo trimestre de 2021, permanecendo estável em comparação ao primeiro trimestre de 2022.

Segundo o relatório, no segundo trimestre, ainda foi visto um ritmo reduzido de venda de carros. Entretanto, com o crescimento dos volumes de compras ao longo do trimestre, a perspectiva é aumentar o nível de desativação, acelerando o Seminovos ao longo do segundo semestre.

As despesas financeiras líquidas cresceram R$ 220,4 milhões, especialmente devido ao aumento do CDI médio e maior saldo médio de dívida líquida, impactando o custo de carrego.

No primeiro semestre de 2022, a companhia apresentou geração de caixa de R$ 1,1 bilhão antes do crescimento. A forte geração de caixa das atividades de aluguel foi consumida
principalmente pelo maior capex de renovação por carro, resultado do aumento do preço do carro novo e do mix de compra superior ao mix de venda, ainda em contexto de restrição de produção de carros, e aumento do capex de crescimento por carro com maiores preços de compra.

A dívida líquida somou R$ 9 bilhões, apresentando aumento de 28,3%, ou R$ 1,9 bilhão em comparação ao quarto trimestre de 2021, explicada principalmente pelo crescimento da frota.

A companhia encerrou o trimestre com R$ 6,5 bilhões em caixa. Considerando as captações de julho de 2022, antecipadas para financiar a renovação e crescimento da frota, a posição proforma de caixa seria de de R$ 7,9 bilhões.