São Paulo – O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, disse que vai ampliar a oferta de gás natural para dar continuidade ao seu plano de descarbonizar sua produção e produzir produtos com baixa emissão de carbono, em participação por vídeo no painel de CEOs do Rio Oil&Gas, evento do setor de óleo e gás encerrado hoje no Rio de Janeiro (RJ). O executivo está em tratamento para tratar um câncer diagnosticado no início do mês.
O executivo disse que a empresa investirá R$ 120 milhões em projetos de sustentabilidade, como o Floresta Viva, uma iniciativa com foco na restauração ecológica de biomas brasileiros e que deve receber um aporte de R$ 500 milhões ao longo de sete anos, com até 50% de recursos do BNDES.
“A empresa está num momento especial, entende o ponto do inflexão no mundo. Podemos apresentar caminhos ao invés de seguir caminhos”, comentou o CEO, sobre o desafios na condução da empresa no caminho da transição energética.
Na cerimônia de abertura do evento, na segunda-feira (26/9), o presidente da Petrobras disse que a companhia investirá US$ 2,8 bilhões em iniciativas para redução de emissões de carbono em suas operações, nos próximos cinco anos para viabilizar “uma transição energética segura e inclusiva.”
Desse total, um volume de US$ 248 milhões será destinado a um fundo de descarbonização especialmente criado pela companhia para desenvolver tecnologias e soluções de baixo carbono. “Trabalhamos sem descanso para neutralizar as emissões operacionais em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris. Temos um caminho muito claro para cumprir essa meta: estamos priorizando nossos investimentos em descarbonização e o desenvolvimento de bioprodutos”, disse Andrade, Esses foram alguns dos destaques da fala do presidente da Petrobras, por meio de depoimento em vídeo.
Nesse segmento, o presidente ressaltou que a Petrobras está iniciando a produção de uma nova geração de combustíveis, mais modernos e sustentáveis que os atuais, como o diesel renovável e o bioquerosene de aviação.
Outra frente destacada pelo executivo foi o investimento em tecnologia no Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes), que ajuda a encontrer os postos com mais precisão e reduza custos.No evento, a empresa participou de uma sessão especial sobre novas tecnologias para o pré-sal, mostrando o que já foi feito nessa frente e as inovações em desenvolvimento para ampliar a eficiência do pré-sal, conciliando redução de emissões de gases de efeito estufa com alta produtividade em águas profundas.
“O grande mote é tornar a Petrobras mais permeável, abrace mais os players de mercado para aprender e ensinar e dar um salto na situação do País, para dar exemplo. Devemos estar abertos para fornecedores, quanto mais a gente abrir, mais temos a ganhar”, comentou.
