São Paulo, 20 de outubro de 2022 – A Ativa Investimentos estima que no 3T22 do setor de construção deve apresentar resultados mistos, já que a pressão dos custos ainda deve pesar para as empresas. No entanto, os analistas acompanham sua desaceleração no curto prazo, em virtude do recuo em parte dos preços dos insumos ligados a commodities, em destaque o aço. A Ativa calcula que a EZTEC apresentará o melhor resultado, enquanto a MRV & Co terá desempenho difuso.
Os analistas esperam que o cenário para o setor imobiliário brasileiro ainda será desafiador neste 3T22, mas estimam que algumas construtoras irão manter suas margens e apostam apostam na continuidade de um possível e latente aumento do preço médio por unidade, depois da última atualização do programa CasaVerde e Amarela (CVA), do Governo Federal. Ainda segundo os especialistas, não deve haver muito mais mudanças por conta da capacidade limitada de financiamentos do FGTS e dada a relevância do programa social, como um dos principais pilares da geração de empregos no país.
“No geral, os lançamentos e vendas líquidas vieram modestos no segmento baixa renda, consistentes no média/alta com construtoras preservando seus estoques”, diz análise. Em relação às despesas, o trimestre ainda será marcado por custos assíduos, todavia contemplamos a atenuação do ambiente inflacionário, beneficiando os custos de construção, especialmente para o segmento de baixa renda.”
“Projetamos um resultado diferente do trimestre anterior com a desaceleração de vendas e lançamentos frente ao anterior, em razão da divulgação da prévia operacional do 3T22 em linha com as nossas estimativas, ressaltando considerável retomada das vendas brutas, atingindo R$ 481 milhões (+72%na base anual), ocasionando uma robusta retomada da velocidade de vendas (VSO),conseguindo 13%”, diz análise sobre a EZTEC, destacando o recorde de vendas de estoque em construção, estimuladas pelo projeto Unique Green. A recomendação para da Ativa é neutra, porque aguardam um ambiente de juros inflação mais favorável à construção.
Para a MRV&Co a expectativa é de um impacto negativo no volume de vendas no segmento CVA, compensado por aumento de preço médio dos produtos vendidos. Além disso, os custos e as despesas devem seguir pressionados pela inflação, mantendo margens baixas – em linha com o trimestre anterior – enquanto a alta taxa de juros deverá ocasionar maior despesa financeira. “Corroborando com a divulgação de sua prévia operacional do 3T22 abaixo de nossas estimativas frisando novamente a forte queima de caixa nas operações da MRV (Brasil) alcançando R$142 milhões (-30,4% ao ano) e R$ 942 milhões alusivos à dívidas da Resia (EUA),devido a uma partição transitória de caixa, os convenants da companhia não são sensibilizados”, lembra a Ativa. “No entanto, projetamos bons resultados da Resia, compensando o aumento da companhia neste trimestre. A recomendação para a MRV & Co segue neutra, devido a um ambiente macroeconômico mais incitador.