Prejuízo líquido atribuível aos acionistas do Pão de Açúcar cresce para R$ 288 milhões

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São Paulo – O prejuízo líquido atribuível aos acionistas controladores consolidado do Grupo Pão de Açúcar aumentou 221,7% do terceiro trimestre de 2021 para o mesmo intervalo de 2022, para R$ 288 milhões, de R$ 89 milhões. Em 2022, a companhia registrou lucro líquido atribuível aos acionistas controladores de R$ 930 milhões, de R$ 26 milhões no mesmo intervalo do ano anterior.

O prejuízo líquido das operações continuadas no 3T22 subiu 203,1% e somou R$ 196 milhões quando comparado a igual intervalo de 2021.

A receita líquida aumentou 8,9% no trimestre e alcançou R$ 10,45 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 660 milhões no terceiro trimestre, -2,5% menor que os R$ 677 milhões visto em igual período de 2021. A margem EBITDA Ajustada foi de 6,3%.

No acumulado do ano, o EBITDA Ajustado Consolidado atingiu R$ 2,0 bilhões, que a varejista atribuiu à “sólida situação financeira, com alavancagem de 1,7x ao fim do trimestre, 0,4x menor na comparação com o 3T21. A posição de caixa do fim do trimestre foi de R$ 3,9 bilhões, 1,7x a dívida de curto prazo da companhia”, escreveu em seu relatório.

A dívida líquida incluindo o saldo de recebíveis não antecipados no GPA consolidado alcançou R$ -3,9 bilhões, uma queda de R$ -1,2 bilhões quando comparado ao 3T21. O GPA apresenta relação dívida líquida/EBITDA Ajustado de -1,7x, reduzindo o patamar de alavancagem em -0,4x.

Nos últimos 12 meses o grupo gerou fluxo de caixa operacional de R$ 1,3 bilhão no perímetro das atividades continuadas, financiando nosso plano de investimento. No perímetro descontinuado, lojas Extra Hiper e Drogarias, apresentou variação positiva de R$ 2,4 bilhões, devido principalmente a R$ 1,7 bilhão da antecipação de recebíveis da transação dos hipermercados, que em parte foi utilizado pelo aumento dos juros. A movimentação abaixo está em linha com a estratégia de desalavancagem financeira da Companhia.

No 3T22, a empresa finalizou o processo de conversão das lojas dos Extras hipermercados, totalizando 23 lojas convertidas, sendo 13 lojas para o formato Pão de Açúcar, oito para Mercado Extra e duas para a bandeira Compre Bem.

No trimestre, foram abertas seis novas lojas do formato Minuto Pão de Açúcar e uma do formato Pão de Açúcar, dando continuidade ao plano de expansão. No Grupo Éxito, o GPA fechou quatro lojas para conversão na Colômbia e abriu outras três lojas convertidas para o

modelo Carulla Fresh Market, além de quatro novas lojas do formato Éxito WOW (3 lojas) e Surtimayorista (1 loja). Na Argentina foram abertas cinco novas lojas da bandeira Mayorista.

Em relação ao Grupo Éxito, a companhia destacou o forte crescimento de dois dígitos registrado nas vendas mesmas lojas de 20,3% vs 3T21 (em moeda constante), com crescimento nos três países de atuação, explicado principalmente pelo aumento do tráfego em lojas e pelo bom desempenho dos formatos inovadores. As vendasomnichannel representaram 9,5% das vendas totais do 3T22.

O Grupo Éxito atingiu uma Margem EBITDA Ajustada de 7,6% no 3T22, recuo de 1,1 p.p. em relação ao 3T21, impactado pelo maior nível de inflação nos 3 países de atuação e pelo maior nível de provisão na financeira Tuya.

Marcelo Pimentel, diretor Presidente do GPA, disse no relatório que o resultado do terceiro trimestre do ano reflete o crescimento de vendas e aceleração da expansão no perímetro do Novo GPA Brasil, além da manutenção do crescimento duplo dígito do Grupo Éxito.

“O avanço dos resultados do Novo GPA começa a refletir o trabalho que iniciamos há seis meses, focado nos pilares e projetos estratégicos do Grupo com a retomada do “básico bem feito”. Avançamos em ações importantes para a consolidação do nosso crescimento sustentável: a conclusão do trabalho de alinhamento do sortimento ideal, especialmente para a bandeira Pão, que refletirá em melhoria da percepção de preço e na disponibilidade de produtos em gôndola; o aumento da participação dos perecíveis nas vendas totais e a redução do nível de ruptura total.”

“Entramos nesse quarto trimestre com uma tendência melhor nas vendas, posicionados para seguirmos evoluindo em nosso plano estratégico, nas nossas entregas e na melhoria da experiência do nosso cliente”, disse o executivo.