Oi registra prejuízo de R$ 3,1 bilhões no 3° trimestre

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São Paulo, SP – A Oi, em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 36,3% na comparação anual. Em 2022, o prejuízo é de R$ 1,6 bilhão, queda de 76,1% ante
os nove meses de 2021, informou a companhia na noite de ontem (9/11).

A companhia atribuiu o prejuízo de 3T22 aos seguintes fatores: no intervalo, o resultado operacional da Companhia antes do resultado financeiro e dos tributos (EBIT) foi negativo de R$ 992 milhões, comparado ao resultado de R$ 7.540 milhões no 2T22 e ao resultado de R$ 310 milhões do 3T21. No trimestre anterior, o resultado positivo, ocorreu principalmente em função dos ganhos com as vendas do negócio de mobilidade e da V.tal. No trimestre, a Companhia registrou resultado financeiro líquido negativo de R$ 2.011 milhões e um crédito de Imposto de Renda e Contribuição Social no valor de R$ 60 milhões. Como resultado, a Companhia registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 3.062 milhões no período.”

A receita líquida total atingiu R$ 2,7 bilhões bilhões no 3T22, 38,7% inferior ante igual intervalo de 2021. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina caiu 88,5% no trimestre, para R$ 168 milhões na mesma base de comparação.

A margem ebitda atingiu 6,1% ao final do trimestre, queda de 26,2 pontos percentuais (pp) na comparação anual.

Ao final do trimestre, a dívida da líquida da Oi era de R$ 18,3 bilhões, 38,7% menor que o visto no mesmo trimestre de 2021. O caixa disponível, por sua vez, caiu 13,1% no período, para R$ 3,6 bilhões.

A companhia informou que, após a entrega de duas importantes etapas de seu plano de transformação no segundo trimestre de 2022, a conclusão da venda da operação móvel e alienação parcial da infraestrutura de fibra, operada pela V.tal, o resultado consolidado foi
impactado até março de 2022 pelo segmento de mobilidade e até maio de 2022 pela operação de infraestrutura.

Desta forma, a comparabilidade das informações em relação ao ano anterior tem um importante impacto decorrente das operações de desinvestimento concluídas em 2022 anteriormente citadas.

“A partir de junho de 2022, o novo modelo de operação da Oi na fibra, através da rede da V.tal, inaugurou no país uma forma inédita de uso de rede neutra com escala relevante, que incentivará o desenvolvimento do mercado de fibra brasileiro. Neste novo cenário, a companhia se beneficiará após um período de transição, de uma melhor geração operacional, decorrente da menor necessidade de Capex quando comparada aos novos custos e, por outro lado, captura a valorização da expansão da V.tal, através de sua participação acionária na operação de infraestrutura da rede neutra de fibra, líder absoluta no país”, disse em seu relatório de resultados do terceiro trimestre.