Nubank reverte prejuízo e lucra US$ 7,8 milhões no 3° trimestre

896

São Paulo, SP – O Nubank divulgou na segunda-feira (14) o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido consolidado foi de US$ 7,8 milhões, revertendo prejuízo de US$ 34,4 milhões do mesmo período de 2021.

Segundo o relatório do banco, o resultado é reflexo do crescimento contínuo do número de clientes ativos e o aumento do engajamento de clientes, com impacto na expansão da
receita, juntamente com o aumento da margem bruta e a maior diluição de custos, alavancando nossa plataforma de baixo custo.

O lucro líquido ajustado de US$ 63,1 milhões, comparado a um prejuízo líquido ajustado de US$ 1,2 milhão no mesmo período de 2021, como resultado do lucro contábil líquido, do aumento do engajamento de clientes e da alavancagem operacional da nossa plataforma.

O lucro bruto atingiu o recorde de US$ 427,0 milhões, um aumento de 91%, ou 90% FXN, na comparação com o terceiro trimestre de 2021. A margem bruta foi de 33%, contra 47% no terceiro trimestre de 2021, refletindo o impacto do provisionamento de perdas de crédito esperadas de acordo com o IFRS 9, juntamente com o impacto simultâneo do aumento da taxa interbancária.

As despesas operacionais totalizaram US$ 421,9 milhões, um crescimento de 72%, ou 71% FXN, na comparação com o terceiro trimestre de 2021, mas recuaram para 32% da receita total, contra 51% no mesmo período do ano passado. O principal fator responsável pelo crescimento absoluto das despesas operacionais foi o aumento de 57% YoY FXN em despesas gerais e administrativas devido principalmente ao aumento nos custos com infraestrutura e processamento de dados e na remuneração baseada em ações.

A Inadimplência de 15 a 90 dias aumentou para 4,2% e a inadimplência de mais de 90 dias aumentou para 4,7%, principalmente como resultado da desaceleração na originação de
empréstimos pessoais e à deterioração do cenário macro.

A Margem Financeira Líquida (NIM) aumentou para 11,1%, contra 7,7% no terceiro trimestre de 2021, mais do que compensando o aumento observado nos índices de inadimplência margens ajustadas ao risco expandidas em 100 bps.

“À medida que expandimos nossa carteira de crédito, buscamos otimizar o uso da nossa grande base de depósitos de baixo custo e expandir nossa margem de juros líquida (NIM, na sigla em inglês)”, explicou o banco.

O número de clientes chegou a 70,4 milhões de clientes. No Brasil, o número de clientes aumentou 41% em comparação ao mesmo trimestre de 2021, atingindo 66,9 milhões, e a taxa de atividade atingiu o recorde de 82%.

A Taxa de Atividade aumentou 9 p.p., de 73% no fim do terceiro trimestre de 2021 para 82%. A taxa de atividade expandiu consecutivamente nos últimos dez trimestres, refletindo a continuidade do engajamento, aliada ao up-sell e cross-sell de produtos a clientes que continuam migrando mais atividades de suas vidas financeiras para a plataforma digital do Nu.

O volume de compra atingiu US$ 21,2 bilhões, um crescimento de 75% FXN na comparação com o mesmo período do ano passado, mantendo a posição do Nu como o quarto maior player no mercado brasileiro de cartões de crédito em termos de volume de compra. O volume foi alavancado pelo crescimento da base de clientes do Nu, bem como pela ampliação do cross-sell e up-sell de produtos e pela manutenção do engajamento de clientes em toda a carteira de produtos da companhia, composta de cartões de crédito, pré-pagos, com garantia e Ultravioleta.

Os depósitos aumentaram 73% FXN na comparação com o mesmo período de 2021, atingindo US$ 14,0 bilhões no fim do trimestre. A manutenção do crescimento dos depósitos reflete a expansão da base de clientes do Nu e a continuidade da execução da estratégia da companhia de construir uma franquia robusta de depósitos em moeda local e de baixo custo.

O Portfólio Sujeito a Ganho de Juros (IEP na sigla em inglês), composto de crédito pessoal e cartões de crédito, atingiu US$ 3,5 bilhões, um aumento de 145% FXN em comparação com o terceiro trimestre de 2021.

O capital ajustado da NuFin atingiu US$ 3,8 bilhões no fim do trimestre, dos quais 74% eram classificados como caixa e equivalentes de caixa. Em 30 de setembro de 2022, o Nu
contabilizava um portfólio sujeito a ganho de juros de US$ 3,5 bilhões, enquanto os depósitos totais eram quatro vezes maiores, atingindo US$ 14,0 bilhões. O índice de empréstimos/depósitos era de 25%.