Ou a Ucrânia atende às demandas russas ou vamos impor, diz Lavrov, da Rússia

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O minstro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em entrevista à agência de notícias russa TASS, disse que a Ucrânia deve aceitar as condições russas para negociar o fim da guerra.

“Nossas propostas para a desmilitarização e desnazificação dos territórios controlados pelo regime, a eliminação das ameaças à segurança da Rússia que daí emanam, incluindo nossas novas terras – as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporozhye – são bem conhecidas do inimigo. O objetivo é pequeno: cumpri-los da melhor maneira possível. Caso contrário, a questão será decidida pelo Exército Russo”, disse.

Para ele, o principal beneficiado pela guerra são os Estados Unidos, que”procuram extrair dela o máximo benefício tanto em termos econômicos quanto estratégico-militares. Ao mesmo tempo, Washington também está resolvendo uma importante tarefa geopolítica – romper os laços tradicionais entre a Rússia e a Europa e subjugar ainda mais os satélites europeus’.

Lavrov negou que a Rússia poderá usar armas nucleares caso o conflito se torne ainda mais grave. “Há especulações irresponsáveis de que a Rússia está prestes a usar armas nucleares contra a Ucrânia. Estamos falando de algo completamente diferente: a política ocidental de contenção total de nosso país é extremamente perigosa. Ele corre o risco de cair em um choque armado direto de potências nucleares. É exatamente sobre isso que alertamos e repetimos repetidamente que não pode haver vencedores em uma guerra nuclear e ela nunca deve ser desencadeada”.

Ao falar sobre o esgarçamento das relações com os países da União Europeia por conta da guerra, Lavrov afirmou que “não haverá mais ‘business as usual’ com tais contrapartes. Graças a Deus, temos muitos amigos e pessoas afins em outras partes do mundo”.

Ele tem o mesmo sentimento em relação aos Estados Unidos. “Parto da premissa de que relações normais entre nossos países beneficiariam a todos. No entanto, dadas as ações abertamente hostis de Washington, não é possível conduzir os negócios como de costume. Vamos esperar até que Washington ‘amadureça’ para perceber a inferioridade de seu curso atual e a falta de alternativas para construir relações conosco em uma base mutuamente respeitosa e igualitária, com a consideração obrigatória dos legítimos interesses russos”, conclui.