Brasília – Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin assumiu, nesta quarta-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), prometendo uma economia inclusiva e sustentável. No discurso de quase 40 minutos, Alckmin apresentou suas prioridades à frente da pasta e assumiu compromissos com o setor produtivo, a indústria, o comércio, os serviços e os servidores do MDIC.
“A hora é de união e reconstrução”, afirmou. “O esforço de reindustrializar o Brasil, de aperfeiçoar ainda mais nossa agroindústria e todo o parque industrial, agregando-lhes mais valor, e de incluir os trabalhadores na economia não são tarefas episódicas, mas obra de todo o governo, comprometido com um futuro mais justo para nosso povo”, completou.
Para Alckmin, a recriação do MDIC, assim como a reindustrialização do país, são essenciais para a retomada do crescimento sustentável. “E que esse reindustrialização ocorra sob o prisma da justiça social”, afirmou o ministro, acrescentando que a indústria precisa retomar o protagonismo na economia brasileira.
Segundo o ministro, a política industrial brasileira será debatida com os empresários, a sociedade, a academia e a comunidade internacional, levando em conta a necessidade de redução dos gases de efeito estufa do setor, a descarbonização e a inovação.
“Ou o país retoma a agenda do desenvolvimento industrial ou não recuperará o caminho do crescimento sustentável, gerador de emprego e de renda”, afirmou Alckmin, acrescentando que é urgente a elaboração de uma política industrial moderna.
Alckmin destacou a importância do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a implantação de políticas estruturadas de desenvolvimento. Segundo o ministro, o desenvolvimento econômico do país passa pela redução do Custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios. “A reforma tributária, nesse contexto, é fundamental”, afirmou.
ECONOMIA VERDE
Na estrutura do MDIC, conforme Alckmin, será criada a Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria. Essa é uma agenda prioritária para assegurar a competitividade do produto nacional no comércio mundial”, afirmou. “A sociobiodiversidade será o ponto de partida para a nova política industrial”, completou.
Para Alckmin, a maior inserção do Brasil no mercado internacional é essencial para o desenvolvimento da indústria e dos serviços nacionais. Para o ministro, as mudanças no cenário internacional representam oportunidades para o Brasil atrair investimentos produtivos e aumentar as exportações brasileiras.
“Os desafios da competitividade brasileira precisam começar a ser superados. Vamos buscar a abertura de novos mercados para bens e serviços, aumento da base exportadora do Brasil com a inclusão de empresas de menor porte no comércio exterior, diversificação de mercados e destinos, agregação de valor à pauta exportadora e valorização da imagem do país como potência agroambiental”, completou.
O desafio do MDIC e de seus órgãos vinculados, segundo Alckmin, será levar adiante uma política de industrialização do país, fortalecimento dos serviços e expansão do comércio brasileiro. “O novo MDIC será orientado para uma economia, criativa, inclusiva e sustentável”, afirmou.
Alckmin disse que vai “trabalhar incansavelmente” para gerar empregos de qualidade, com carteira assinada e garantias ao trabalhador. “O Brasil é um país socialmente injusto e economicamente desajustado”, afirmou.
Dirigindo-se a Lula, Alckmin disse que a união dos dois não é episódica nem de ocasião ou apenas para a eleição, mas “pelo país, pelo povo e pelo seu direito de viver em um regime democrático e em um país verdadeiramente produtivo”. “Tenha em mim aquele em que o senhor pode confiar a mais árdua tarefa, pois é inabalável o meu compromisso com o senhor, o seu governo e o nosso país. Que venham dias de crescimento e justiça social”, afirmou.
