São Paulo – O analista de fundos de investimento imobiliário da Ativa Investimentos, Gabriel Teixeira, explicou como a atual situação da Americanas impacta fundos imobiliários com vínculos contratuais com a varejista. Para o especialista, o risco para os fundos imobiliários é muito diferente do risco direto via equity, via ações ou mesmo como credor da Americanas – no caso de título de dívidas.
Teixeira disse que os principais fundos impactados foram fundos logísticos que têm algum tipo de exposição às americanas como locatário. “Fundos que tem um percentual de receita que dependem um pouco mais do locatário Lojas Americanas sofreram um mais por conta dessa incerteza, porque os cotistas tentam antecipar esse movimento.”
Dos 8 fundos logísticos mapeados pela Ativa que têm exposição à varejista, o analista destacou os dois mais impactados: MAXR11, do qual mais de 30% da receita advém do locatário Lojas Americanas, e GGRC 11 que, além de ter uma certa exposição, está concluindo operação de compra de um galpão e deve aumentar um pouco mais a dependência de receita desse inquilino.
O analista da Ativa reiterou, ainda, que como falara anteriormente, o impacto dos fundos imobiliários pode ter certa dependência ou não em termos de percentuais de receitas do inquilino. “No entanto, em eventuais saída do inquilino – levando-se em conta questões contratuais e demais encargos – o fundo pode arrumar outro inquilino e não ficar tão dependente.É uma flexibilidade maior do que a do acionista ou credor que tem titulos de dívida”, concluiu.