O Banco da Inglaterra (BoE) divulgou hoje (2) sua nova política monetária e aumentou a taxa básica de juros em 0,50 pontos percentuais, e chega a 4%. Sete membros do Comitê de Política Monetária (MPC, da sigla em inglês) votaram pelo aumento da taxa, e dois membros votaram pela manutenção em 3,5%.
“A inflação global dos preços ao consumidor continua alta, embora seja provável que tenha atingido o pico em muitas economias avançadas, inclusive no Reino Unido”, afirma a ata do BoE divulgada logo depois do fim da reunião. Alguns dos motivos são a queda no preço do gás e da melhora nos gargalos da cadeia de suprimentos, segundo o banco.
“As pressões inflacionárias domésticas no Reino Unido têm sido mais firmes do que o esperado. Tanto o crescimento dos salários regulares do setor privado quanto a inflação de serviços foram notavelmente mais altos do que o previsto. O mercado de trabalho continua apertado pelos padrões históricos, embora tenha começado a relaxar e alguns indicadores de pesquisa de crescimento salarial tenham diminuído”, continua a nota.
O banco não descarta mais aumentos durante o ano, chegando a 4,5%, e com queda gradual até 3,12 em três anos. “Há incertezas consideráveis em torno dessa perspectiva de médio prazo, e o Comitê continua julgando que os riscos para a inflação estão significativamente enviesados para cima”.
Os membros do Comitê reiteraram que o compromisso do banco é trazer a inflação de volta aos 2%. “A inflação nominal começou a recuar e é provável que caia acentuadamente ao longo do resto do ano, como resultado de movimentos passados nos preços de energia e outros bens. No entanto, o mercado de trabalho segue apertado e as pressões domésticas de preços e salários têm sido mais fortes do que o esperado, sugerindo riscos de maior persistência da inflação subjacente”.
O banco conclui a nota dizendo que continua monitorando as condições da economia do Reino Unido e do mundo, para fazer ajustes quando necessário. “Se houver evidências de pressões mais persistentes, seria necessário um maior aperto na política monetária”.