Lucro líquido da Ambev cresce 35,7% no 4° trimestre, a R$ 5 bi

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São Paulo, SP – A Ambev divulgou hoje o balanço do quarto trimestre de 2022, com lucro líquido de R$ 5 bilhões, uma alta de 35,7% em relação ao mesmo período de 2021. O lucro ajustado fechou em R$ 5,29 bilhões, crescimento de 36,4% em comparação ao último trimestre de 2021. Em 2022, o lucro ajustado chegou a R$ 15,1 bilhões, alta de 12,6%.

O Ebitda ajustado alcançou R$ 7,10 bilhões, alta de 4,8% no reportado e de 27,4% no orgânico. Em 2022, o valor foi de R$ 23,7 bilhões, crescimento de 3,9% no reportado e de 17,1% no orgânico.

A receita líquida chegou a R$ 22 bilhões, crescimento de 21,5% em comparação ao quarto trimestre de 2021, com destaque para a receita líquida por hectolitro (+16,3%), impulsionado por marcas mais saudáveis, premiumização e inovação, bem como à execução disciplinada das iniciativas de gestão de receita. O volume cresceu 3%, totalizando 186 milhões de hectolitros no ano.

A companhia destacou que, apesar do aumento dos preços das commodities e da pressão inflacionária sobre outros custos e despesas em seus mercados, os segmentos Cerveja Brasil e Bebidas Não Alcóolicas (NAB Brasil) retomaram o crescimento do EBITDA Ajustado no ano (+12,3% e +41,5%, respectivamente).

Em 2022, o desempenho da receita por hectolitro acelerou contra o ano passado (+13,5%) tanto em cerveja quanto em NAB, graças à execução disciplinada de nossa estratégia de gestão de receita, juntamente com premiumização. Como resultado, a receita líquida aumentou dois dígitos (+17,4% em cerveja e +34,2% em NAB) e o EBTIDA voltou a crescer, apesar dos ventos contrários já esperados nas commodities (+12,3% e +41,5%, respectivamente, com uma expansão de margem de 120pb em NAB).

A receita líquida por hectolitro e o CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização, excluindo a venda de produtos de marketplace não-Ambev, foram de R$ 427,9 milhões (crescimento orgânico de 19,4%) e R$ 187,3 milhões (crescimento orgânico de 18,6%), respectivamente. No ano de 2022, receita líquida por hectolitro e o CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização, excluindo a venda de produtos de marketplace não-Ambev, foram de R$ 420,9 milhões (crescimento orgânico de 15,2%) e R$ 191,7 milhões (crescimento orgânico) e 18,4%), respectivamente.

No segmento de cerveja, o retorno contínuo das ocasiões de consumo fora de casa combinado com a execução da nossa estratégia comercial durante a Copa do Mundo FIFA levou a um crescimento de volume de 4,0%, com o maior volume trimestral da história. A receita líquida aumentou 16,9%, com a ROL/hl crescendo sequencialmente e 12,4% em relação ao quarto trimestre de 2021, devido às iniciativas de gestão de receita aliadas a um mix positivo de marcas. O CPV/hl excluindo depreciação e amortização aumentou 18,3% (18,4% excluindo a venda de produtos de marketplace não-Ambev), impulsionado principalmente pelos ventos contrários previstos para commodities e pelo câmbio. O EBITDA Ajustado subiu 9,8%. Em 2022, a receita líquida aumentou 17,4% (volume +3,5% e ROL/hl +13,4%), e o EBITDA Ajustado aumentou 12,3%.

O segmento de Bebidas Não Alcóolicas (NAB) teve um aumentou de 6,6% no volume, continuando a se beneficiar da aceleração das ocasiões de consumo fora de casa, da distribuição ampliada pelo BEES e da execução consistente da nossa estratégia comercial. A receita líquida aumentou 25,7%, com a ROL/hl crescendo 17,9% e melhorando sequencialmente, impulsionada por iniciativas de gestão de receita combinadas com mix positivo de marcas e embalagens, liderados pelo portfólio premium e pelas embalagens single serve, respectivamente. O EBITDA Ajustado cresceu 20,1%. Em 2022, a receita líquida aumentou 34,2% (volume +12,0% e ROL/hl +19,8%), e o EBITDA Ajustado aumentou 41,5%.

AMÉRICA CENTRAL E CARIBE

O volume caiu 13,4%, liderados pela República Dominicana e pelo Panamá. Na República Dominicana, os volumes melhoraram sequencialmente, mas continuaram atrás do ano passado. No Panamá, os volumes continuaram a ser impactados pela dinâmica competitiva no canal tradicional, e ainda não recuperamos a perda de participação de mercado anterior. Como resultado, a receita líquida caiu 5,7%, com a ROL/hl crescendo 9,0% devido às iniciativas de gestão de receita. A pressão inflacionária também impactou nossos custos, principalmente no que diz respeito a commodities, combustível e frete marítimo, uma vez que a região depende de um mix maior de produtos importados. O EBITDA Ajustado diminuiu 10,6%. Em 2022, a receita líquida diminuiu 3,9% (volume -12,1% e ROL/hl +9,3%), e o EBITDA Ajustado caiu 14,4%.

AMÉRICA LATINA SUL

O volume caiu 1,6% devido ao declínio das indústrias de cerveja em meio a ambientes altamente inflacionários na Argentina e no Chile, e temperaturas atipicamente baixas no Paraguai. Bolívia, no entanto, continuou a se recuperar das restrições sanitárias do COVID-19, entregando um desempenho de volume positivo. A receita líquida aumentou 54,0%, com a ROL/hl aumentando 56,4%, impulsionada por iniciativas de gestão de receita em um ambiente altamente inflacionário, juntamente com um mix positivo de marcas, já que as marcas acima do core continuaram a superar o restante do portfólio. Embora o CPV e o SG&A tenham continuado a ser impactados por pressões inflacionárias, principalmente sobre os preços das commodities e do combustível, especialmente na Argentina, Chile e Paraguai, o EBITDA Ajustado cresceu 93,6% no trimestre. Em 2022, a receita líquida aumentou 46,2% (volume +1,7% e ROL/hl +43,8%), e o EBITDA Ajustado aumentou 60,1%.

CANADÁ

O país teve um fraco desempenho da indústria de cerveja impulsionado pelo mau tempo resultou em uma queda de volume de 5,4%. A receita líquida cresceu 1,9%, com um aumento de 7,7% na ROL/hl devido principalmente às iniciativas de gestão de receita. A inflação continuou pressionando o CPV e o SG&A, principalmente por commodities e combustível, respectivamente, levando a uma queda de 4,2% do EBITDA Ajustado. Em 2022, a receita líquida aumentou 3,0% (volume -2,8% e ROL/hl +6,0%), e o EBITDA Ajustado caiu 7,3%.