São Paulo – Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a seis a cada dez indústrias brasileiras possuem programas ou políticas de igualdade, sendo que mais da metade (61%) afirma tê-las há mais de cinco anos. A pesquisa, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, conversou com 1 mil executivos, sendo 40% mulheres, e apontou que 57% dos entrevistados dão importância alta ou muito alta para este tema.
Realizada nas cinco regiões do País, com representantes de empresas de todos os portes, a pesquisa mostrou que os principais motivos para desenvolver estes programas e políticas são a percepção de desigualdade (33%) e dar oportunidades iguais para todos (28%).
As ferramentas mais utilizadas para a execução destes programas são paridade salarial (77%), política que proíbe discriminação em função de gênero (70%), programas de qualificação de mulheres (56%), liderança para a estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres (42%) e licença maternidade de seis meses (38%).
De acordo com dados do Observatório Nacional da Indústria da CNI, atualmente as mulheres ocupam 25% da força de trabalho da indústria, e que, entre 2008 e 2021, as mulheres saltaram de 24% para 31,8% em cargos de chefia.
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, “vemos que a participação das mulheres está crescendo na indústria devido a ações de igualdade adotadas há mais de uma década. Mas, é necessário ampliar o debate e implementar medidas concretas para chegarmos a um cenário de igualdade plena”.