O Banco Central do Canadá (BoC), em reunião hoje (8), manteve as taxas de juros em 4,5%. De acordo com a declaração do banco, “o crescimento global continua a desacelerar e a inflação, embora ainda muito alta, está caindo devido principalmente aos preços mais baixos da energia”.
Ainda na declaração do banco, a inflação no Canadá desacelerou para 5,9% ao ano em janeiro, refletindo a redução dos preços da energia, bens duráveis e serviços. Outro dado que o banco cita é o PIB, que ficou estável no quarto trimestre de 2022, abaixo das previsões.
“No geral, os dados mais recentes permanecem em linha com a expectativa do Banco de que a inflação cairá para cerca de 3% em meados deste ano. As medidas ano a ano do núcleo da inflação caíram para cerca de 5%, e as medidas de 3 meses estão em torno de 3,5%. Ambos precisarão cair ainda mais, assim como as expectativas de inflação de curto prazo, para retornar a inflação à meta de 2%”.
Os analistas compararam a postura do BoC com a do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), cujo presidente, Jerome Powell, em discurso ontem (7), apontou que o banco fará mais aumentos por mais tempo.
“O contraste entre o Banco do Canadá (BoC) e a renovada agressividade do Federal Reserve é cada vez mais gritante. Hoje, o BoC confirmou que as taxas provavelmente atingiram o pico em janeiro com a ‘política monetária restritiva’ pesando sobre os gastos e investimentos das famílias”, afirmam os analistas da ING.
“Embora o BoC reconheça que o mercado de trabalho ‘continua muito apertado’, ele não tem os mesmos temores que o Federal Reserve de que isso mantenha as pressões inflacionárias elevadas”, concluem.