RADAR DO DIA: Fed eleva juros nos EUA e Copom mantém Selic em 13,75% ao ano

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em alta e as bolsas europeias em queda. O mercado digeriu bem a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em aumentar o juro em 0,25 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros dos Estados Unidos para 4,75% e 5%.

O mercado digeriu bem a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em aumentar o juro em 0,25 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros dos Estados Unidos para 4,75% e 5%.

Ontem, após o anúncio, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell disse que as condições financeiras parecem ter se tornado mais rígidas, e que o órgão mudou sua perspectiva e não prevê mais “aumentos contínuos” nas taxas básicas devido aos últimos acontecimentos com bancos menores no país.

Segundo o economista Andrew Hunter, da Capital Economics, com os eventos recentes provavelmente afetando a confiança e resultando em um aperto significativo nas condições de crédito, uma possível recessão deve enfraquecer a economia e acelerar a tendência de queda no núcleo da inflação, o deverá abrir espaço para uma queda dos juros antes do final deste ano.

Na Europa, hoje será divulgada a decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sobre os juros. Ontem, saiu o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido, que subiu 10,4% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2022, após a alta de 10,1% em janeiro. Analistas acreditam que a reaceleração da inflação deve fazer o BoE elevar a taxa de juros de 4% para 4,25%.

Por aqui, pela quinta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, em decisão unânime. No comunicado, o Copom deixou claro que poderá ajustar a política monetária e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

O Comitê disse ainda que um dos fatores de risco inflacionário está a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública. A nova regra fiscal será apresentada no início do próximo mês, assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltarem da China.

Amanhã (24), o IBGE divulgará o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março. A inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de fevereiro com alta de 0,84%. No acumulado de 12 meses o índice foi de 5,60%.

No setor corporativo, a Braskem divulgou ontem o balanço do quarto trimestre de 2022, com prejuízo líquido de R$ 1,71 bilhão, revertendo assim o lucro de R$ 530 milhões alcançados no mesmo período de 2021. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente foi negativo em R$ 168 milhões, revertendo o valor positivo R$ 6,3 bilhões anotados no último trimestre de 2021.

A Petrobras informou ontem que seu Conselho de Administração elegeu, a partir do dia 29 de março, com prazo de gestão até 13 de abri de 2025, os seguintes membros para a Diretoria Executiva: Sergio Caetano Leite (Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores), Joelson Falcão Mendes (Diretor Executivo de Exploração e Produção), Carlos José do Nascimento Travassos (Diretor Executivo de Desenvolvimento da Produção), Claudio Romeo Schlosser (Diretor Executivo de Comercialização e Logística), Wlliam França da Silva (Diretor Executivo de Refino e Gás Natural), Clarice Coppetti (Diretora Executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade) e Carlos Augusto Burgos Barreto (Diretor Executivo de Transformação Digital e Inovação). O Conselho de Administração também reconduziu o presidente da companhia, Jean Paul Prates, para um novo mandato de dois anos, até 13 de abril de 2025.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) criticaram a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros inalterada. Pela quinta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária
(Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, em decisão unânime. No comunicado, o Copom deixa claro que poderá ajustar a política monetária e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Na avaliação da instituição, o cenário atual indica que o Copom já deveria ter reduzido a Selic nesta reunião. A CNI esperaque esse processo de redução da Selic se inicie na próxima reunião. A Confederação acredita que amanutenção da taxa de juros é, neste momento, desnecessária para o combate à inflação e apenas traz custos adicionais para a atividade econômica.

Em nota, a Força Sindical teceu duras críticas à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido a taxa Selic em 13,75% ao ano. “Mais uma vez o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central frustra os trabalhadores (as), e se curva aos especuladores. Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas”

A diretoria executiva da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) deliberou
pela declaração de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 424,2 milhões,
correspondente a R$0,19278403644 por ação, aos acionistas detentores de ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) de 27 de março.

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse que a entidade considera bastante positiva a informação, veiculada nesta quarta-feira pela imprensa, de que a secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda apresentará medidas voltadas para solução de problemas observados no mercado de crédito brasileiro, citando, entre elas, a redução da assimetria de informações entre os tomadores de crédito e credores (proposta de compartilhamento das informações do Imposto de Renda) e a recuperação de garantias (Marco de Garantias e Execução de Dívidas).

A Americanas, em recuperação judicial, apresentará seus resultados quarto trimestre e de 2022 na próxima semana, na quarta-feira,29 de março, após o fechamento do pregão. A teleconferência de resultados será realizada no dia seguinte (30/3), às 12h (horário de Brasília).