Produção total de petróleo da Prio recua 5,3% em março

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São Paulo, SP – A PetroRio (Prio) divulgou sua prévia operacional de março, quando totalizou produção de petróleo de 64.647 barris de óleo equivalente por dia (boepd), ante 68.298 em fevereiro, queda de 5,3%, enquanto os offtakes (vendas) totalizaram 5.748.622 barris (bbl), ante 994.661 bbl.

No primeiro trimestre de 2023, a produção totalizou 183.212 boepd e as vendas 7,290
milhões de bbl. A petroleira informou que vendeu a totalidade dos barris estocados em US Virgin Islands ao longo de março. A empresa contratou 4,472 milhões de barris em puts correspondentes a aproximadamente 80% do volume vendido em março (5,7 milhões de barris)

Os dados de Albacora Leste no mês de janeiro referem-se à 90% de participação da Prio no campo, considerando a produção ao longo de todo o mês. Dado que o closing da aquisição ocorreu em 26 de janeiro de 2023, o campo contribuiu proporcionalmente com 5.919 barris por dia ao longo do mês de janeiro.

O cluster de Polvo e Tubarão Martelo passou por uma parada programada de manutenção, com duração de 8 dias. O poço TBMT-4H teve seu reparo concluído no final do mês de março, incrementando a produção do cluster em 2,5 kbpd. O poço TBMT-8H segue em processo de workover.

Albacora Leste teve produção abaixo da esperada durante os primeiros 20 dias do mês, devido a paradas para manutenção corretiva nos sistemas de refrigeração e geração de energia do FPSO, com produção média de 11,7 kbpd nesse período. Após o reparo, a produção média do campo atingiu média de 26 kbpd (net PRIO) nos últimos 10 dias do mês.

RESERVAS 2023

A Prio também divulgou uma nova certificação de reservas da companhia com data de referência de 1 de janeiro de 2023, e que inclui as reservas dos campos de Povo, Tubarão
Martelo, Frade, Wahoo e Albacora Leste. As reservas provadas (1P) subiram de 433,5 milhões em janeiro de 2022 para 547,3 milhões de barris em janeiro de 2023.

Segundo o comunicado, no campo de Frade, o aumento é reflexo do maior volume do
reservatório onde se encontra os poços ODP4 e MUPS, confirmado por meio de sua produção superior à originalmente planejada. Já em Albacora Leste, o destaque foi a produção acima do esperado no poço ABL-134.

ANÁLISE

Para a XP Investimentos, a companhia tem superado continuamente as expectativas do mercado ao longo dos anos. Com o relatório de certificação das novas reservas, a empresa voltou a fazê-lo.

“A empresa conseguiu garantir as suas necessidades de abastecimento até 2024 e, portanto, a inflação de custos não apareceu nos seus novos relatórios de reserva. Pelo contrário: os custos de negociação foram reduzidos em 20% (embora seja uma questão em aberto se isso mudará nas próximas atualizações ao longo dos anos, pois a empresa terá que voltar ao mercado para renovar seus contratos). 1P subiu 27% e 2P 16%. Ainda vamos inserir os novos números em nosso modelo para atualizar nosso preço-alvo, mas todos os fatos apontam para uma revisão para cima do mesmo. Reiteramos nossa recomendação de compra”, explicou a corretora.

Já a Ativa Investimentos destacou que as expectativas para opex e investimentos superaram positivamente suas expectativas e que, ao incorporar novos números ao seu modelo, deve ocorrer uma revisão altista dos números estimados para a petrolífera.

“Os valores estimados para despesas operacionais (opex) nos surpreendeu positivamente. Tendo fechado o quarto trimestre de 2022 com um lifting cost em US$ 8,6/barril, o novo relatório aponta uma expectativa de US$ 6,8/barril para 2023. Ademais, a curva apresenta uma queda até 2026”, explicou a Ativa.

A Guide Investimentos lembrou que houve redução do capex e aumento das reservas. Contudo, o mercado já esperava isso, pois o aumento de produção acima do previsto é um indicativo forte do aumento de reservas. Além disso é de se esperar que a projeção de capex se reduza ao longo do tempo