São Paulo – A Qualicorp registrou lucro líquido consolidado de R$ 16,7 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 77,5% na comparação com igual período do ano anterior, como consequência do menor ebitda, do aumento nas despesas com depreciação e amortização e piora no resultado financeiro líquido. Ajustando para os efeitos não-recorrentes, o lucro líquido da empresa foi de R$19,8 milhões no 1T23 (queda de 73,6% na comparação anual).
No intervalo, a receita líquida totalizou R$ 457,3 milhões, 8,9% menor que a vista no mesmo período de 2022. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 16,8% e alcançou R$ 210,3 milhões na mesma base de comparação. A margem ebitda caiu 436 bps, para 46%.
No período, a Qualicorp tinha o total de 2,337 milhões de beneficiários, queda de 9,6% na comparação anual, sendo 961,5 mil adesões médico-hospitalares (-16,6% em relação ao 1T22) e 63,6 adições orgânicas (-44,8%).
Ao final do trimestre, a dívida líquida da Qualicorp era de R$ 1,4 milhões, 1,5% abaixo na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, encerrou o período em 1,59 vez, 0,18 vez acima da alavancagem de 1,41 vez do mesmo período do ano anterior.
Em relação aos resultados, a administração da Qualicorp disse que “dados recentes publicados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em seu Anuário mostram o maior nível histórico de sinistralidade e prejuízo operacional para o setor de saúde suplementar brasileiro em 2022, ano em que as receitas consolidadas de operadoras de saúde apresentaram queda em termos nominais. Somando-se a isso um ambiente econômico contracionista de altas taxas de juros, o setor enfrenta hoje um dos cenários mais desafiadores da sua história.”
“Neste contexto, a Administração da Quali tem atuado dentro de um direcionamento estratégico mais conservador, visando priorizar uma melhor alocação de capital no curto prazo, e os resultados do primeiro trimestre de 2023 corroboram esta estratégia. Apesar dos desafios macro e microeconômicos apresentados, a Companhia gerou R$140 milhões de fluxo de caixa livre o melhor em 8 trimestres através de controle rígido de despesas, melhorias em capital de giro e racionalização de investimentos, e reduziu sua dívida líquida em 5%”, escreveu a empresa, no relatório de resultados trimestral.
