Banco do Brasil vende imóveis rurais com possibilidade de pagamento em créditos de carbono

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São Paulo – O Banco do Brasil lançou seu primeiro edital de leilão de imóveis rurais com possibilidade de pagamento parcial ou integralmente em créditos de carbono, modalidade inédita no país. A fase para lances já está aberta, e a sessão de disputa será on-line, às 14h do dia 7 de junho, marcando a Semana Mundial do Meio Ambiente.

São seis imóveis localizados em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina , com descontos de até 55% em relação ao valor de mercado. Os interessados, pessoas físicas ou jurídicas, devem se cadastrar no site da leiloeira oficial do BB, www.lancenoleilao.com.br, com até 24 horas de antecedência da disputa.

A compra pode ocorrer 100% on-line, com pagamento em moeda corrente; moeda corrente e certificados de crédito de carbono; ou integralmente em créditos de carbono. Esses serão aceitos no valor unitário máximo de R$ 88,27 em ambas as possibilidades.

Os créditos de carbono devem ser gerados conforme padrões e termos reconhecidos pelo mercado regulado ou pelo mercado voluntário, como o Verified Carbon Standard. Os critérios e procedimentos para aceitação dos certificados estão detalhados no anexo 8 do edital do leilão.

O BB já pratica venda direta de imóveis urbanos e rurais pelo site www.seuimovelbb.com.br, além de realizar, mensalmente, leilões com significativa variedade de opções e preços bastante abaixo dos de mercado. Agora, os bens rurais passam a contar com a nova modalidade de pagamento, que visa a fomentar o mercado de créditos de carbono como forma de apoiar o desenvolvimento sustentável do país. Além disso, ao permitir o pagamento dos bens com os certificados, o Banco oportuniza que os geradores dos créditos invistam em imóveis rurais sem necessidade de descapitalização.

Gustavo Lellis, diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do BB, destaca que o Banco do Brasil sai mais uma vez na vanguarda quando o assunto é venda de imóveis. Fomos os primeiros a investir em uma parceria com uma startup do segmento e oferecer uma experiência totalmente digital para os compradores. Agora, alinhamos o aspecto ambiental a essas vendas, o que reforça o compromisso assumido pelo Banco por meio da sua Agenda 30 de sustentabilidade.

Com a nova modalidade de pagamento, o BB diversificará suas formas de aquisição de créditos de carbono, utilizados pelo Banco desde 2021 para compensar suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), dos escopos 1 e 2. A iniciativa contribui para o meio ambiente, uma vez que cada crédito de carbono gerado representa 1 tonelada a menos de dióxido de carbono na atmosfera. A ação também reforça a estratégia de carbono do BB, composta por um conjunto de soluções corporativas e para clientes no âmbito de combate às mudanças climáticas.

A atuação do Banco no mercado voluntário de carbono, por sua vez, iniciou-se em maio de 2022, em forma de piloto e através de parcerias com empresas qualificadas do ramo, apoiando os seus clientes no desenvolvimento de projetos geradores de créditos de carbono, desde a fase de prospecção e análise de potencial até a de comercialização dos créditos gerados.

Investimentos em energia renovável

O BB já inaugurou nove usinas fotovoltaicas nas cinco regiões brasileiras e no DF em Porteirinha (MG), São Domingos do Araguaia (PA), Xique-Xique (BA), Lins (SP), Loanda (PR), Rio Parnaíba (MG), Naviraí (MS), Mucurici (ES) e Capão Seco (DF) , que atendem a 659 das suas agências bancárias. Há previsão de inauguração de outras 20 fotovoltaicas ainda em 2023.

Desde a inauguração da primeira unidade, as usinas solares do Banco do Brasil já geraram cerca de 40GWh e deixaram de emitir mais de 15 mil toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente ao plantio de uma floresta com mais de 2 mil árvores. Com essas nove usinas, o BB prevê uma economia anual estimada de R$ 29 milhões.

O Banco também consome energia renovável certificada em 62 de seus grandes prédios que já migraram para o mercado livre de energia.

Esses resultados refletem a progressão da Empresa quanto ao seu objetivo de reduzir ao menos 30% da emissão de gases do efeito estufa até 2030 nos escopos 1 e 2.