São Paulo – A Rede D’Or divulgou seu formulário de referência atualizado para 2023. O documento revelou novas informações sobre o plano de expansão orgânica para projetos greenfield e brownfield, incluindo número de hospitais, capacidade de leitos, investimento por projeto e cronograma de cada desses itens. A empresa decidiu adiar a inauguração de hospitais previstos para 2023 e além.
Para projetos greenfield, o número de hospitais previstos para abrir entre 2023 e 2025 foi reduzido de 11 para sete. O número de leitos a serem adicionados nesse período diminuiu de 2.092 para 1.303, enquanto o investimento médio por leito aumentou 13,5% em relação ao formulário de referência anterior.
Para 2023 a 2027, o número de hospitais greenfield é projetado em nove, com capacidade para 1.585 leitos. O investimento por cama aumentou 10,6% em comparação ao valor do documento anterior. Outro desdobramento é a caracterização de alguns projetos greenfield como a definir, somando quatro hospitais e 694 leitos.
O número de hospitais brownfield previstos para abrir entre 2023 e 2025 foi reduzido de 27 para 25. O número de leitos a serem adicionados nesse período caiu de 3.772 para 2.539, enquanto o investimento médio por leito aumentou 5,4% em relação ao ano anterior formulário de referência.
Em um horizonte mais longo, de 2023 a 2027, projeta-se o número de hospitais brownfield em 40, com capacidade para 4.078 leitos.
A empresa adicionou mais hospitais à categoria a definir, aumentando o número total de projetos brownfield de 36 para 52 e a capacidade de leitos de 4.851 para 5.230, concentrados principalmente a partir de 2026.
Para o Itaú BBA, a extensão do plano de expansão é negativa, principalmente para os investidores que veem a ação como uma oportunidade de crescimento. Por outro lado, proporciona algum alívio ao balanço no curto prazo.
“Do ponto de vista estratégico, entendemos a lógica por trás da revisão do ambicioso plano de expansão da empresa. O alto custo de capital e a desafiadora situação financeira dos planos de saúde desaceleraram significativamente os planos de expansão de diversos players do setor de saúde brasileiro, tanto em termos de crescimento orgânico quanto de aquisições, explicou o Itaú.
Por fim, a análise lembrou que a empresa reiterou seu plano de expansão, em teleconferências recentes, e que a administração parecia confiante de que a aquisição da SulAmérica ajudaria a mitigar os riscos associados ao plano de expansão.