Programa para baratear carros já foi redesenhado e aprovado por Lula; impacto não chega a R$ 2 bi, diz Haddad

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São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que apresentou um redesenho do programa de renúncias fiscais para venda de automóveis ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, que foi revalidado pelo presidente, e agora tramita pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços MDIC) e da Fazenda, para chegar à Casa Civil amanhã e ser editado por Medida Provisória até segunda-feira.

“Espero que a gente consiga fazer chegar amanhã. O importante é que conseguimos atender o cronograma e que ficou num desenho bom para o MDIC e bom para a Fazenda. Os dois ministérios estão muito bem contemplados com a solução do ponto de vista fiscal, do estímulo que vai ser dado, da dimensão do programa, está tudo bem delimitado e o presidente validou a fonte para financiar sem que haja nenhum descompromisso com as metas fiscais esse ano”, disse o ministro da Fazenda, em entrevista a jornalistas, em que não quis adiantar como o programa ficou formatado, nem se não haverá desoneração, pois disse que Lula vai fazer o anúncio oficial.

Haddad voltou a dizer que o programa será temporário, em torno de quatro meses, conforme anunciado na semana passada e que espera que a taxa de juros comece a cair. “É uma questão limitada aos próximos meses, há uma preocupação muito grande com o emprego em toda a cadeia da indústria automobilística, não só com as montadoras. Será temporário, o valor e o tempo definidos, sem impacto fiscal, por que a compensação já foi validada pelo presidente.”

O impacto do programa não chega a R$ 2 bilhões, segundo o ministro, e está mais do que compensado pelas medidas definidas pela Fazenda e levadas hoje ao presidente, garantiu. “O problema agora é de natureza burocrática. Eu quero crer que, no mais tardar, até segunda-feira esteja resolvido, por medida provisória.”