São Paulo – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 5,42% para 5,12% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,25%.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – diminuiu de 9,32% para 9,09%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu de -0,20% para -1,21%.
Para 2024, as instituições financeiras reduziram de 4,04% para 4,00% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3%.
A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 diminuiu de 4,52% para 4,50%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M caiu de 4,04% para 4,00%.
As instituições elevaram, ainda, de 1,84% para 2,14% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 diminuiu de 1,27% para 1,20%.
Já a Selic, reduziram de 12,50% para 12,25% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Atualmente, ela está em 13,75%, o que significa que o mercado espera um corte de 1,50 ponto porcentual (pp) até o final do ano. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2023 estava em 12,50%.
Para 2024, a estimativa para a taxa Selic caiu de 10,00% para 9,50%. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2024 estava em 10,00%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2023 diminuiu de R$ 5,10 para R$ 5,00 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 caiu de R$ 5,17 para R$ 5,10 por dólar. Há quatro semanas, a previsão para 2023 era de R$ 5,15, enquanto a previsão para 2024 estava em R$ 5,20.
SUPERÁVIT COMERCIAL
As casas ouvidas pelo BC, elevaram, também, a previsão de superávit comercial em 2023 para US$ 61,15 bilhões, de US$ 59,20 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 45,29 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 47,50 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 diminuiu para US$ 79,00 bilhões, comparada à projeção de US$ 80,00 bilhões da semana passada.
Para 2024, as instituições elevaram a previsão de superávit comercial para US$ 57,80 bilhões, de US$ 55,30 bilhões na semana passada.
A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 51,02 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 53,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.
O déficit primário em 2023 foi reduzido para 1,01% do Produto Interno Bruto (PIB), de 1,05% na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.
A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,77% do PIB, inferior ao saldo negativo de 7,85% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 ficou estável em 60,60% do PIB.
Para 2024, as instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 80,00% do PIB.
A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 7,00% do PIB, igual ao saldo negativo de 7,00% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2024 diminuiu para 64,20% do PIB, comparada à projeção de 64,40% do PIB da semana passada.