Inflação mensal atinge 0,11% em agosto e fica perto do previsto

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Por Flávya Pereira

São Paulo- O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,11% em agosto em relação a julho, após avançar 0,19% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou ligeiramente acima da mediana projetada, de +0,10%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA acumula altas de 2,54% no ano e de 3,43% em 12 meses, até o mês passado, ante avanço de 3,22% em julho. O resultado em 12 meses também ficou levemente acima da previsão, de 3,41%, ainda conforme o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, a desaceleração foi impactada pelos grupos Alimentos e bebidas (-0,35%) com impacto negativo de 0,09 ponto percentual (pp) no indicador e Transportes (-0,39%), impacto de 0,07. No primeiro grupo, a maior contribuição veio item alimentação no domicílio (-0,84%) puxado pelo tomate (-24,49%), pela batata inglesa (-9,11%) e pelas hortaliças (-6,53%). Em contrapartida, a cebola disparou 7,05%.

Já no grupo Transportes, o maior impacto negativo veio das passagens aéreas (-15,66%), com impacto de 0,08 pp no indicador, após registrar altas de 18,90% e 18,63% em junho e julho, respectivamente. O item combustíveis oscilou com ligeira alta de 0,01%, enquanto a gasolina e o óleo diesel caíram 0,45% e 0,76%, respectivamente. O etanol, porém, avançou 2,30%.

Em contrapartida, a maior alta do IPCA em agosto veio do grupo Habitação (+1,19%), com impacto de 0,19 ponto percentual (pp), puxado novamente pelo item energia elétrica, com as contas de luz ficando 3,85% mais caras no país com a vigência da bandeira tarifária vermelha no mês passado. Em julho, o item já havia subido 4,48% com a bandeira tarifária amarela em vigor. A maior alta do item foi observada em Fortaleza (+9,01%), enquanto Vitória registrou queda de 8,64%.

Ainda em Habitação, destaque também para o item taxa de água e esgoto (+1,34%), refletindo os reajustes ao longo do mês em Belo Horizonte (+8,13%), Vitória (+4,59%) e Recife (+0,02%), enquanto Goiânia e Porto Alegre, com variações positivas de 0,35% e 0,23%, respectivamente, ainda reagem às altas do item em julho.

Em termos regionais, as regiões metropolitanas de Fortaleza e São Paulo, ambas com altas de 0,33%, tiveram a maior variação no IPCA de agosto, refletindo as altas observadas na energia elétrica (+9,01% e +5,06%, respectivamente). Já o menor índice foi registrado em Vitória, influenciado pela queda no preço da energia elétrica (-8,64%), já que o item teve redução de 6,48% no valor das tarifas.