Fazenda revisa projeção de crescimento do PIB em 2023 de 1,9% para 2,5%

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São Paulo, 19 de julho de 2023 – O crescimento do PIB brasileiro em 2023 deverá ficar em 2,5% em 2023, contra 1,9% da estimativa anterior. A previsão faz parte do Boletim Macrofiscal divulgado hoje pela Secretária de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. “A revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no 1T23, melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de Serviços e Indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação”, justifica a publicação.

 

As projeções de crescimento melhoraram para todos os setores. Para o setor agropecuário, a projeção de crescimento no ano foi revisada de 11,0% para 13,2%. Para a Indústria, o crescimento esperado avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para Serviços passou de 1,3% para 1,7%.

 

O crescimento esperado para 2024 manteve–se em 2,3%. Frente a 2023, continua o documento, o cenário é de leve desaceleração, motivada pela baixa contribuição esperada para o setor externo e pelo menor crescimento projetado para o setor agropecuário. Apesar da desaceleração, o crescimento será mais homogêneo entre setores e baseado na recuperação da absorção doméstica.

 

A previsão para o IPCA passou de 5,58% para 4,85% em 2023, e de 3,63% para 3,30% em 2024. “A expectativa de inflação foi revisada para baixo repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio; o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano. Para 2024, a redução da projeção reflete a mudança no cenário de câmbio e de preço de commodities, além dos menores reajustes previstos para monitorados, em parte por causa da desinflação esperada para 2023 em parte por causa das condições projetadas para a demanda externa. Nos anos seguintes, a expectativa é de inflação de 3,00% ao ano”, apontou o boletim.

 

No Prisma Fiscal, as projeções mostram queda nas expectativas para o déficit primário do Governo Central em 2023 de janeiro a junho. Na coleta de junho, a projeção para o déficit primário em 2023 foi de R$ 101,75 bilhões, ante R$ 125,99 bilhões em janeiro. “A melhora nas expectativas sugere que as instituições de mercado estão considerando as medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda em suas projeções fiscais”, conclui.

 

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