Produção total da Petrobras cai 0,6% no segundo trimestre, a 2,6 milhões de boed

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São Paulo – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,637 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre deste ano (2T23), queda de 0,6% na comparação anual e 1,5% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2023 (1T23), informou a companhia em seu relatório de produção e vendas divulgado nesta quarta-feira.

A companhia atribuiu a redução trimestral, principalmente a: maior volume de perdas por paradas e manutenções, declínio natural de campos maduros e desinvestimentos, efeitos parcialmente compensados pelo ramp-up da P-71, no campo de Itapu, e pelo início de produção dos FPSOs Almirante Barroso, no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos e Anna Nery, no campo de Marlim, além de novos poços de projetos complementares, na Bacia de Campos.

No Brasil, a produção foi de 2,603 milhões de boed, retração de 0,5 e 1,4% nas comparações com o mesmo período de 2022 e com o 1T23. No exterior, a produção foi de 35 mil boed, baixas de 5,4% e 2,8% nas mesmas bases de comparação.

No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,708 milhões de barris por dia (bpd), alta de 6,2% na comparação anual e 0,4% ante o 1T23. A expansão trimestral foi devido, principalmente, ao ramp-up de produção da P-71, no campo de Itapu, e ao início de produção do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios, na Bacia de Santos.

A produção nos campos do pós-sal diminuiu 20,3% e 9,7% em bases anual e trimestral e atingiu 346 mil bpd no período. A redução ante o 1T23 ocorreu, principalmente, em função do maior volume de perdas com paradas e manutenções, do desinvestimento em Albacora Leste e do declínio natural da produção, efeitos parcialmente compensados pelo início de produção do FPSO Anna Nery e pela entrada de 5 novos poços de projetos complementares na Bacia de Campos (1 em Albacora, 1 em Roncador, 1 em Marlim Sul e 2 no Polo Jubarte)

De acordo com a Petrobras, a performance os campos do pré-sal foram responsáveis por 78% da produção de óleo da companhia no período.

No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,824 milhões de bpd, 9,3% menor na comparação anual, sendo 2,136 milhões no mercado interno, queda de 6,2% e 688 mil no mercado externo, baixa de 17,8%.

Ainda na área de refino, o volume de produção total foi 1,808 milhões de bpd no período, alta anual de 2,1% e trimestral de 9,4%. Esse aumento foi suportado por uma maior disponibilidade das refinarias, após a realização de importantes paradas programadas ocorridas no 1T23 (unidades da REVAP, REFAP e RPBC), além do maior FUT de 93% no 2T23.

O volume total de vendas foi de 1,723 milhões de bpd, elevação de 0,3% na base anual e elevação de 1,5% na trimestral, principalmente por conta da gasolina, em razão da maior competitividade, e do GLP, pela sazonalidade de consumo. Comparadas ao 2T22 as vendas ficaram em linha, mesmo após a saída da REMAN.

No período, as exportações líquidas somaram 268 mil bpd, recuo de 38,0% na comparação anual e de 48,5% ante o 1T23, enquanto a importação alcançou 358 mil bpd no trimestre, alta de 3,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior e 2,5% inferior ao intervalo anterior.

“No 2T23 a exportação líquida reduziu 48,1% em relação ao 1T23 devido à menor exportação de petróleo com o aumento do processamento das refinarias, que foi atenuada pela menor importação de óleo, além da realização de estoque em andamento no 1T23”, explicou a Petrobras.