Lucro líquido da Klabin chega a R$ 971 milhões no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A Klabin divulgou hoje (1) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 971 milhões, um pouco abaixo do resultado do segundo trimestre do ano passado, quando alcanço lucro líquido de R$ 972 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,344 bilhão, recuo de 32% em relação ao segundo trimestre de 2022, com redução de 8 p.p. na margem Ebitda ajustado.

A receita líquida foi de R$ 4,293 bilhões, queda de 15% na comparação com o mesmo período de 2022, devido menor volume de vendas com as paradas programadas e da redução nos preços de kraftliner e celulose.

O volume de vendas alcançou 856 mil toneladas, um recuo de 15% na comparação anual. O volume de produção de celulose totalizou 321 mil toneladas, redução de 23% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, devido principalmente à parada geral de manutenção da unidade de Ortigueira, realizada em abril, sendo que em 2022 a parada dessa unidade foi realizada em fevereiro.

O volume total comercializado de celulose foi de 334 mil toneladas no trimestre, 21% inferior ao mesmo período do ano anterior, impactado substancialmente pela parada geral de manutenção programada realizada no período.

O custo caixa de produção de celulose foi de R$ 1.363 por tonelada, crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. No período houve redução de preços de químicos e combustíveis e menor consumo específico proporcionado pela planta de gaseificação de biomassa e outras medidas de otimização de processo realizadas pela Companhia. No sentido oposto, conforme planejado e previamente comunicado ao mercado, em função da maior utilização de madeira de terceiros durante o primeiro ciclo do Puma II, o custo caixa com fibras foi de R$ 822 por tonelada no trimestre.

O custo dos produtos vendidos (CPV) foi de R$ 2,329 bilhões no segundo trimestre de 2023, retração de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o CPV/t foi de R$ 2.522/t, 12% acima do segundo trimestre de 2022, explicado pela menor diluição de custos fixos em função da redução no volume de vendas e mudança do mix, com maior participação de papel-cartão e embalagens.

O retorno sobre capital investido (ROIC) foi de 17,4%, queda de 1,2 p.p. em relação ao mesmo período de 2022, reflexo do aumento do capital empregado e pela pequena variação no fluxo de caixa operacional. Com o start-up da segunda etapa do Projeto Puma II, parte dos investimentos que estavam na linha de Obras em Andamento, passaram a ser contabilizados como máquinas, equipamento e instalações, deixando de ser deduzidos do Ativo Total para fins de cálculo do ROIC.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 253 milhões, 4% acima na comparação anual, em linha com a inflação do período. O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 156 milhões no segundo trimestre de 2023, ante perdas financeiras de R$ 303 milhões da mesma etapa de 2022.

A Klabin investiu R$ 1,029 bilhão em suas operações e em projetos de expansão, recuo de 33% na comparação anual. Do montante total, R$ 232 milhões foram destinados às operações florestais, sendo R$ 22 milhões em aquisição de floresta em pé no Paraná. Adicionalmente, R$ 154 milhões foram destinados à continuidade operacional das fábricas, 17% abaixo do mesmo trimestre do ano passado, seguindo o planejamento de manutenção de 2023.

O indicador de alavancagem financeira, (dívida líquida/Ebitda ajustado), ficou em 2,8 vezes, mesmo patamar do trimestre anterior, mantendo-se dentro dos parâmetros estabelecidos na Política de Endividamento Financeiro da Companhia.