Lucro líquido da Iguatemi chega a R$ 77,3 milhões no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A Iguatemi divulgou ontem (1) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 77,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 133,3 milhões registrados no mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro líquido fechou em R$ 125,19 milhões, bem acima do prejuízo de R$ 150,63 milhões registrados no primeiro semestre de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 195,5 milhões, alta de 17,3%% na comparação anual, e a margem Ebitda ajustada recuou 1,1 p.p., para 64,6%.

Já o Ebitda ajustado fechou em R$ 209 milhões, alta de 18,6% na comparação anual. O FFO ajustado atingiu R$ 128,9 milhões, crescimento de 52,3%, e a margem FFO ajustado foi de 41,9%, alta de 9,9 pontos percentuais.

A receita líquida do Iguatemi alcançou R$ 302,6 milhões, crescimento de 19,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A receita de aluguel mínimo dos lojistas foi a R$ 202,2 milhões, alta 14%. Já a receita de estacionamentos alcançou R$ 50,7 milhões, avanço de 16,5% na comparação anual.

As vendas totais atingiram R$ 4,6 bilhões, um crescimento de 8% sobre na comparação anual. No semestre, a alta foi de 12,5%, chegando a R$ 8,5 bilhões. Como nos últimos trimestres, os segmentos que melhor desempenharam no período foram as operações de Serviços, Entretenimento, Outros e Alimentação, registrando um crescimento no trimestre de 12% e 9,1%, respectivamente versus o segundo trimestre de 2022.

As vendas mesmas lojas (SSS) tiveram um crescimento de 6,5% na comparação anual e de 10,2% no semestre em comparação ao primeiro semestre de 2022. As vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 8% no trimestre versus e 11,9% no primeiro semestre.

O aluguel mesmas lojas (SSR) do portfólio da Iguatemi aumentou em 10,5%, e o aluguel mesmas áreas (SAR) cresceu 9%, tendo os dois indicadores apresentado crescimento real sobre a média do reajuste aplicado nos últimos 12 meses de 7,1 p.p. e 5,6 p.p., respectivamente. Já no acumulado do ano, o SSR atingiu 14,3% e o SAR 12,4% versus o primeiro semestre de 2022.

O custo de ocupação médio foi de 11,3%, em linha com o mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o custo e ocupação foi de 12,1%, 0,3 p.p. abaixo do primeiro semestre de 2022. A companhia afirmou que, mesmo considerando os fortes reajustes de alugueis no passado e a retirada constante de descontos aos lojistas, o crescimento contínuo das vendas foi suficiente para manter o indicador em patamar saudável e em linha com o histórico.

A inadimplência liquida fechou o segundo trimestre em 0,1%, favorecida tanto pela recuperação dos títulos vencidos no primeiro trimestre, como pela manutenção do baixo nível de inadimplência dos lojistas ativos que têm sido beneficiados pelo custo de ocupação estável e excelentes resultados nas vendas. No acumulado do ano, o indicador atingiu 2,6%, 1,1 p.p. abaixo do alcançado no primeiro semestre de 2022.

Os Custos de Aluguéis e Serviços somaram R$ 37,1 milhões no segundo trimestre e R$ 73,9 milhões no primeiro trimestre, um crescimento de 9,3% e 12,1% versus segundo trimestre de 2022 e o primeiro semestre de 2022, respectivamente, decorrente do crescimento nos Custos de Pessoal, principalmente, devido ao reforço feito na área Comercial ao longo do segundo semestre de 2022.

O Resultado Financeiro Líquido foi de R$ 56,9 milhões negativos, 35,1% abaixo do valor apresentado no mesmo período do ano passado, impactado principalmente pela receita financeira.

As receitas financeiras encerraram o trimestre em R$ 60,2 milhões. O aumento de 32% no CDI do período contribuiu para uma maior rentabilidade nas aplicações financeiras. Adicionalmente, a companhia alcançou no segundo trimestre um ganho maior na operação de swap de ações versus segundo trimestre de 2022, de R$ -3,7 milhões para R$ 7 milhões. As despesas financeiras encerraram em R$ 117,1 milhões negativos com um crescimento de 10,6% na comparação anual. O aumento do CDI do período foi compensado pela redução do custo da dívida no trimestre, de 106,2% CDI no segundo trimestre de 2022 para 101,0% no segundo trimestre de 2023 e pela queda na alavancagem da companhia.

A Iguatemi S.A. encerrou o trimestre com uma dívida total de R$ 3,1 bilhões, com prazo médio em 4,7 anos e custo médio de 101,0% do CDI. A disponibilidade de caixa fechou em R$ 1,2 bilhão, queda de 34,1% em comparação ao primeiro trimestre de 2023, levando a uma dívida líquida de R$ 1,8 bilhão e um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de 2,36x, uma queda de 0,9 versus o primeiro trimestre de 2023.