Lucro líquido da RaiaDrogasil recua 2,4% no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A RaiaDrogasil divulgou ontem (8) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 363,1 milhões, queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro líquido ajustado acumulado no primeiro semestre foi de R$ 553,2 milhões, um crescimento de 13,1% em relação ao mesmo período de 2022. Isso equivale a uma margem de 3,2%, uma contração de 0,1 pp em comparação ao primeiro semestre de 2022.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado total foi de R$ 767,6 milhões, alta de 5,5% na comparação anual, com margem Ebitda ajustada recuando 1 ponto percentual, para 8,5%.

No acumulado do primeiro semestre, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,330 bilhão, um crescimento de 19,2% em relação ao mesmo período de 2022, equivalente a uma margem de 7,6%, estável.

“Obtivemos ganhos estruturais de alavancagem operacional em função do crescimento persistente nas lojas maduras acima da inflação que neutralizaram a pressão pontual gerada pelo menor reajuste CMED no primeiro semestre e a forte base de comparação do primeiro semestre de 2022 em função do pico pandêmico (efeito negativo da venda de testes COVID-19 de 1,4 pp)”, destacou o balanço.

A receita bruta foi de R$ 9,025 bilhões, um crescimento de 18,1%. A 4Bio cresceu 81%, registrando uma contribuição para o crescimento consolidado de 3,2 pp, ao passo que o varejo cresceu 14,9%, mesmo com o efeito negativo da venda de testes COVID-19 de 2,2 pp em função da forte base de comparação do segundo trimestre de 2022 e do efeito calendário também negativo de 0,4 pp.

O lucro bruto totalizou R$ 2,6 bilhões, alta de 12,6% na comparação anual, com margem bruta de 28,9%, uma contração de 1,4 pp em relação ao mesmo período do ano anterior.

O fluxo de caixa livre foi negativo de R$ 487,8 milhões e um consumo total de caixa de R$ 763,3 milhões. Os recursos das operações totalizaram R$ 499 milhões, equivalentes a 5,5% da receita bruta. Registramos um consumo de capital de giro de R$ 685,3 milhões, gerando um fluxo de caixa operacional negativo de R$ 186,3 milhões, além de um capex de R$ 301,5 milhões.

O crescimento médio nas mesmas lojas alcançou 10,1%, com 7,6% nas lojas maduras. A taxa de crescimento das receitas a partir do segundo trimestre de 2023 passa a refletir a desaceleração da inflação no país, que resultou em um aumento CMED de 5,6% em abril de 2023 contra 10,9% em 2022. Essa desaceleração não implica em redução do crescimento real ou perda de eficiência, uma vez que nossos custos e despesas também desaceleram em ritmo semelhante, destacou o balanço.

As despesas financeiras líquidas geraram um desembolso de R$ 102,3 milhões no 2T23. Essas despesas foram parcialmente compensadas pela dedução fiscal de R$ 69,4 milhões relativa às despesas financeiras e JSCP. A companhia provisionou R$ 102,0 milhões em juros sobre capital próprio, em comparação com os R$ 74 milhões provisionados no mesmo período do ano passado.

A companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida ajustada de R$ 2,907 bilhões, correspondente a uma alavancagem de 1,2x o Ebitda ajustado dos últimos 12 meses. “É importante ressaltar que o segundo trimestre representa um pico sazonal de consumo de caixa e alavancagem em razão dos investimentos em capital de giro em função da pré-alta”, explicou a companhia.

A dívida líquida ajustada considera R$ 752,4 milhões em recebíveis descontados e R$ 96,8 milhões em obrigações relacionadas a opções de compra/venda de participações em empresas investidas.

A empresa inaugurou 64 novas farmácias no segundo trimestre e encerrou 3, terminando o trimestre com 2.807 unidades em operação. Ao final do período, um total de 27,0% das farmácias ainda estavam em processo de maturação, não tendo atingido todo o potencial de receita e de rentabilidade. A companhia reiterou o guidance de 260 aberturas brutas por ano para o período de 2023 a 2025, totalizando 780 novas farmácias a serem abertas.