São Paulo, SP – A Energisa divulgou ontem (10) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido ajustado recorrente de R$ 343 milhões, recuo de 14,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Sem ajustes, o lucro líquido foi de R$ 656,7 milhões, queda de 33,6% na comparação anual.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recorrente foi de R$ 1,49 bilhão, alta de 9,3% na comparação anual. Sem ajustes, o ebitda foi de R$ 1,77 bilhão, alta de 4,6% na comparação anual, com margem Ebitda avançando 0,1 ponto percentual, para 26,9%.
A receita operacional líquida consolidada, sem a receita de construção, atingiu R$ 5.282,2 milhões, alta 4,9% na comparação anual. No acumulado do primeiro semestre, o crescimento foi de 2,1%, totalizando R$ 10,652 bilhões.
Os custos e despesas operacionais controláveis consolidados, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 908,3 milhões, aumento de 9,9% (R$ 81,7 milhões) em relação ao segundo trimestre do ano passado. Os custos e despesas consolidados, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 4,196 bilhões, aumento de 8,9% (R$ 344,1 milhões) em relação ao mesmo período do ano passado.
A posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais totalizou R$ 8,887 bilhões em 30 de junho, frente aos R$ 7,042 bilhões registrados em 31 de março de 2023. Os referidos saldos incluem os créditos referentes à
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) e Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA), no montante positivo de R$ 204,8 milhões em 30 de junho, contra R$ 163 milhões em 31 de março de 2023.
Em 30 de junho, a dívida líquida, deduzida dos créditos setoriais, foi de R$ 22,237 bilhões, contra R$ 21,739,3 bilhões em 31 de março de 2023 e R$ 22,181 bilhões em dezembro de 2022. Consequentemente, a relação dívida líquida por Ebitda ajustado covenants se
manteve no patamar de 2,9x em junho de 2023. Os limites dos covenants para o ano de 2023 estão em 4,25 vezes.
No trimestre, a Energisa e suas controladas realizaram investimentos no montante de R$ 1,731 bilhão, acréscimo de 8,1% comparado ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do primeiro semestre, o investimento total foi de R$ 3,086 bilhões, 2,7% superior ao mesmo período do ano passado.
MERCADO DE ENERGIA
O consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre (9.449,5 GWh) do Grupo Energisa, registrou crescimento de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A maioria das classes aumentou o consumo, sendo as principais direcionadoras a residencial e industrial, em especial os setores de Óleo&Gás, alimentícios e produtos de papel. O clima quente, sobretudo Norte e Nordeste, e o calendário de faturamento maior na maioria das empresas em junho e abril de 2023 também contribuíram para a aumento de consumo no período. Por outro lado, a classe rural recuou, limitada pela maior utilização de geração distribuída.
Em relação ao desempenho do mercado por distribuidora, todas as 9 distribuidoras avançaram, com os principais destaques ficando a cargo das seguintes concessões: EPB (+6,1% ou 80,4 GWh), ERO (+6,4% ou 55,7 GWh), ESSE (+5,5% ou 38,7 GWh), ETO (+5,1% ou 33,9 GWh) e EAC (+5,6% ou 15,3 GWh). A classe residencial puxou a expansão nessas áreas. Especificamente na ERO, ETO e ESE, o aumento do consumo industrial também foi decisivo.
A taxa de inadimplência consolidada dos últimos 12 meses foi de 1,15%, mantendo a tendência de redução dos últimos trimestres e representando melhoria de 0,23 ponto percentual em relação ao mesmo período do exercício anterior.