São Paulo, SP de 2023 – O Itaú Unibanco informou que celebrou, por meio de suas subsidiárias, um acordo vinculante de compra e venda de ações com o Banco Macro (Macro), por meio do qual será alienada a totalidade das ações detidas no Banco Itaú Argentina e em suas subsidiárias (BIA).
Segundo o comunicado, após o cumprimento de determinadas condições precedentes previstas no contrato e a obtenção das autorizações regulatórias necessárias na Argentina, o Itaú Unibanco, por meio de suas subsidiárias, receberá do Macro na data de fechamento desta transação um valor de aproximadamente R$ 250 milhões, que será ajustado pelo
resultado líquido do BIA, auferido entre 1 de abril de 2023 e a data de fechamento.
A companhia ressaltou que a estimativa do impacto não-recorrente desta transação no seu resultado seja negativo em aproximadamente R$ 1,2 bilhão, que será reconhecido
quando a transação for concluída. Já o impacto líquido no capital CET I do Itaú Unibanco será imaterial.
“Após a conclusão desta operação, continuaremos atendendo os clientes corporativos locais e regionais, e pessoas-físicas dos segmentos de wealth e private banking, por meio de nossas unidades internacionais, assim como também submeterá à aprovação das entidades
reguladoras na Argentina e no Brasil um pedido de abertura de escritório de representação na Argentina, que conduzirá as atividades permitidas por sua licença e pelas demais condições do acordo de compra e venda”, explicou o comunicado do Itaú Unibanco.
ANÁLISES
Para a corretora Empericus, dadas as perspectivas macroeconômicas da Argentina, essa pode ter sido a melhor saída possível do país, mesmo com o prejuízo na venda. Ademais, a venda libera foco e recursos para outras operações da América Latina, algumas inclusive maiores do que a da Argentina. “Negociando a 1,5x seu valor patrimonial, recomendando a compra para Itaú Unibanco.
A Ativa Investimentos afirmou que a operação da Argentina era pouco significativa para os resultados do Itaú, onde a carteira de crédito na região correspondia a menos de 5% da carteira voltada para a América Latina. “Entendemos que o movimento não é relevante para o seu valor. Contudo, o valor recebido e o montante reconhecido para encerrar as operações nos surpreenderam negativamente, podendo impactar as ações.”