Vendas no varejo crescem em julho e têm melhor resultado desde nov/2018, aponta IBGE

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Por Flávya Pereira

São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, tiveram alta de 1,0% em julho em relação a junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulando três altas seguidas. O resultado contrariou a previsão de -0,3%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA.

Na comparação com julho de 2018, as vendas no varejo registraram alta de 4,3%, bem acima da previsão de +1,60%, somando quatro meses de alta nessa base de comparação, na maior taxa desde novembro do ano passado (+4,5%). Até julho, o varejo restrito acumula altas nas vendas de 1,2% no ano e de 1,6% nos últimos 12 meses. Em junho, o indicador registrou alta de 0,5%, em dado revisado.

O resultado, o melhor desde novembro de 2018 quando registrou alta de 3,2% impulsionado pela Black Friday, mostra que o ritmo de vendas voltou no País, segundo o IBGE. A alta foi influenciada pelo aumento na população ocupada e nas condições de crédito paras as famílias.

“Mesmo que seja crescimento em postos informais, as pessoas passaram a trabalhar. Isso tem impacto nas vendas de hipermercados, que é uma atividade básica”, explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.

Em relação ao comércio varejista ampliado, que incluem veículos e material de construção, as vendas cresceram 0,7% em julho ante junho, com ajuste sazonal, na quinta alta consecutiva, enquanto no confronto com um ano antes, as vendas avançaram 7,6%. Com isso, as vendas no varejo ampliado acumulam altas de 3,8% no ano e de 4,1% em 12 meses, até julho.

Em base mensal, as vendas no segmento de material de construção subiram 1,1%, enquanto o segmento de veículos, motos, partes e peças recuaram 0,9% apagando a alta de 3,5% em junho. Já em relação a um ano antes, o segmento ligado à reformas e construção avançaram 7,9%, enquanto o ligado aos automóveis disparou 17,1%.