São Paulo – A B3 divulgou nesta segunda-feira a nova carteira do Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas da Bolsa, com 86 papéis, de 83 empresas brasileiras (ações ordinárias, ON, e preferencias, PN, de uma mesma companhia também podem integrar o indicador). Válida de hoje, 4 de setembro, até 29 de dezembro, a composição com base no fechamento do pregão de 1 de setembro, registra a entrada das empresas PetroReconcavo ON (RECV3) e do Grupo Vamos ON (VAMO3) e a saída da Meliuz ON (CASH3).
Os cinco ativos com maior peso na composição do índice são: Vale ON (14,766%); Petrobras PN (7,214%); Itaú Unibanco PN (6,428%); Petrobras ON (4,467%); e B3 ON (3,579%).
Na carteira que valerá para os próximos quatro meses, os setores com mais representatividade são: setor financeiro (22,767%), petróleo (17,193%), minério e outras commodities (15,287%) e energia elétrica (9,953%).
Para compor a carteira do Ibovespa B3, as companhias listadas precisam cumprir alguns requisitos como serem negociadas em 95% dos pregões no período de vigência das últimas três carteiras (aproximadamente 1 ano), movimentação financeira equivalente a pelo menos 0,1% do volume financeiro do mercado à vista no mesmo período e estar entre os ativos que representem 85% em ordem decrescente de Indice de Negociabilidade (IN), que mede o volume negociado por um ativo na bolsa não ser penny stock (ações negociadas por valor abaixo de R$ 1,00)
Completando 55 anos em 2023, o Ibovespa B3 reúne os ativos com maior volume negociado no pregão da bolsa do Brasil e serve de referência para investimentos como os ETFs, fundos de investimentos listados em bolsa que replicam o desempenho de um índice de referência.
Além dos ETFs (Exchange traded fund), o índice é utilizado como referência para outros produtos financeiros, como os futuros de Ibovespa e as opções sobre Ibovespa.
A porta de entrada, que vai definir se um papel será incluído ou não no índice, é a liquidez, ou seja, a capacidade que essa ação tem de ser comprada ou vendida rapidamente pelos investidores.
IDIVERSA
A B3 também informou o primeiro rebalanceamento do Idiversa, novo índice com critérios de seleção baseados em indicadores ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), também vigente de 4 de setembro até 29 de dezembro. Lançado em agosto, esse é o décimo índice ESG na bolsa do Brasil e o primeiro índice latino-americano a combinar num único indicador critérios de gênero e raça, segundo a B3.
Os índices com teses ESG são termômetros importantes para que as empresas avaliem como estão suas práticas. Por meio desses indicadores, a bolsa do Brasil apoia as empresas listadas na evolução de sua jornada, avaliando a performance nos critérios específicos de cada um dos índices, afirma Henio Scheidt, gerente de produtos da B3. Segundo ele, trata-se também de mais uma oportunidade de investimento: Estamos oferecendo ao mercado mais uma tese de investimento que consolida a B3 como a principal provedora de índices do país.
A bolsa do Brasil conta com outros importantes índices ESG, como o IGPTW B3, que reúne as melhores empresas para trabalhar com base na pesquisa IGPTW, o ICO2 B3, que oferece aos investidores um indicador com empresas que medem suas emissões de gases de efeito estufa, e o ICBIO B3, que acompanha os preços dos créditos de descarbonização.
Além de trazer indicadores relevantes para o mercado sobre as práticas de sustentabilidade das empresas, os índices possibilitam que os investidores invistam em teses temáticas por meio de ETFs, fundos de índices que refletem a variação das empresas que o compõe. Desta forma, é possível alinhar os objetivos, perfil investidor e valores em produtos que permitem investir em várias empresas com um só ativo.
Prévia das carteiras dos índices B3
A composição das carteiras do Ibovespa B3 e dos demais índices de ações calculados pela bolsa do Brasil é revisada a cada quatro meses, em janeiro, maio e setembro, com a possibilidade de entrada e saída de empresas de acordo com a metodologia de cada índice.
Além da carteira oficial, a B3 divulga três prévias das carteiras, antes da divulgação da carteira definitiva, para que investidores e gestores de fundos, por exemplo, tenham previsibilidade quanto à necessidade de fazer ajustes no peso de cada papel em suas alocações.